Hoje faz um ano que chegamos na Coréia do Sul. 1 ano de Hangul.
Parabéns para nós, que desde então fazemos parte dessa minoria constituída por cerca de 250 tupiniquins (a maioria jogadores de futebol) que moramos nesse país longínquo e totalmente diferente da nossa pátria-mãe. Diferente MESMO, de uma forma que ninguém que nunca pisou na Ásia tem a menor idéia.
Eu já morei em outros países, portanto choque cultural era algo que eu ACHAVA que sabia lidar. Nada mais enganoso: foi numa pequena cidade da Ásia que o choque cultural falou mais alto. É aqui que você fica “lost in translation” por completo, dá risadas e chora por isso. É aqui onde não adianta você falar inglês, francês, alemão, italiano, japonês, português, havaiano, espanhol… nada, nenhuma dessas línguas te ajudará se você não lê (pelo menos) o Hangul, o alfabeto coreano. Porque até quando eles escrevem em inglês, usam os caracteres coreanos do hangul. Portanto, camarada, se qualquer um quiser um dia vir para essas bandas, que faça como eu fiz: entre num cursinho de coreano para pelo menos saber ler os desenhinhos que eles fazem. Isso ajuda e muito.

E o choque não parou por aí: continuou – e ainda continua. Aliás, é isso que ele é: CONTÍNUO. Estou provando a mim mesma que posso ir onde quero, que o choque cultural ensina muito mais que qualquer enciclopédia ou livro, que tenho força para enfrentar grandes dificuldades e aprender na adversidade. Aprender muito. Está valendo. E vai valer por mais um tempo. E nesse período…
Tudo de bom sempre!