Última atualização do roteiro “4 dias na Big Island”: 01/dezembro/2019

A também tricolor do coração Luna tem um amigo vindo passear no Havaí nesta semana. Mais especificamente, na Big Island. Por isso, ela me escreveu perguntando se eu tinha alguma dica ou roteiro que poderia dar para ela repassar pro amigo.

Então, comecei a esboçar um email respondendo, com um roteiro detalhado. Mas o email foi ficando tão gigante que decidi fazer um post. Assim, mando o link ao mesmo tempo que compartilho com todo mundo as dicas e este roteiro. Desse jeito, se no futuro alguém quiser informações similares, já está aí prontinho. 🙂

Antes de mais nada, um disclaimer básico. Quem me conhece, sabe que meu negócio é “mar e vulcão”. Então, minhas dicas vão tender pra esse lado da balança, claro. Espero que não seja problema. 😀

Vamos às dicas para passar 4 dias na Big Island. De cara, já digo: 4 dias na Big Island é a estadia ideal, em minha opinião. Porque dá pra ver o mais importante e ainda assim curtir um pouco algo “diferente”.

Dia 1 na Big Island

Chegada em Kona. A cidade em si é pequenininha, tem um palácio real havaiano simples, e lojas para turista – mas, se você for cafeinômano como eu, não saia de Kona sem tomar um café local, considerado um dos melhores grãos do planeta. Como você chega às 11 da manhã, o melhor a fazer é curtir uma praia e/ou fazer um snorkel. Há 3 opções interessantes: a Keauhou Bay (é a praia do Sheraton), um passeio pelo Parque Histórico de Kaloko Honokohau ou (o mais bacana de todos) pelo Parque Pu’uhonua O Honaunau, um sítio arqueológico havaiano à beira-mar. Da última vez que fui no Honaunau várias tartarugas descansavam no shore entre as cabanas ancestrais havaianas. Inesquecível.

Você pode aproveitar o resto do dia na Big Island para fazer um passeio de avistagem de baleias jubarte. A época do ano para ver as baleias é entre dezembro e março. Os barcos de passeio de avistagem costumam sair do píer de Honokohau, ao norte de Kona.

Subindo o Mauna Kea

ATUALIZAÇÃO EM DEZEMBRO/2019: A subida ao Mauna Kea neste momento está fechada por causa dos protestos contra a construção do telescópio TMT.

Por outro lado, você pode se aventurar (mesmo!) e subir o Mauna Kea. No inverno, o cume do Mauna Kea fica coberto de neve. Em menos de 3 horas num carro 4×4 você chega no topo. Inclua aí a parada de uma hora no escritório de informações turísticas para aclimatação à altitude. Lá em cima, há uma série de super-telescópios e uma vista linda, se o dia estiver claro).

Em minha opinião, não precisa ficar pro pôr-do-sol. Acho mais legal descer direto pra praia em frente e curtir um banho de mar depois da neve. Ainda por cima, com chance de ter a companhia de tartarugas. 🙂

Mas, se você quiser ficar e curtir o céu limpíssimo cheio de estrelas lá em cima, este passeio que inclui uso de telescópios no meio da montanha e palestra de especialistas é o mais interessante.

Se ainda tiver fôlego à noite, pode tentar fazer o mergulho/snorkel com as jamantas.

Dia 2 na Big Island

De manhã cedinho, a melhor pedida é ir para Captain Cook. Ali, dá para snorkelar na baía de Kealakekua com os golfinhos rotadores. Se eles não estiverem por lá descansando, faça o snorkel mesmo assim. Porque é um dos recifes de coral mais bonitos do Havaí. De caiaque dá pra visitar o monumento ao Captain Cook, que fica do outro lado da baía.

Marque seu passeio de snorkel na Baía de Kealakekua pela Hawaii Activities.

De Kealakekua, dê uma esticada rápida até a baía de Honaunau. Em Honaunau, certamente você verá corais lindos da região – e um monte de tartarugas. Se você quiser se hospedar em Captain Cook, há algumas boas e simpáticas pousadinhas. Além do indefectível hotel Manago, super-hiper-ultra simplérrimo, mas a preço de Havaí.

À tarde, você pode descansar numa praia. Sugiro ir para os lados de Puako ou em Keauhou, se não tiver ido no dia anterior. Entretanto, reserve a tardinha para ir a um luau havaiano. É um evento beeeem turista. Mesmo assim, acho bacana para ter uma visão geral da cultura local e de algumas outras ilhas polinésias.

Para saber mais sobre luaus no Havaí, leia meu guia completo para escolher um luau.

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Dia 3 na Big Island

Dia de ir pra Hilo.

Passe o dia no trajeto pelo lado sul. Se estiver num carro 4×4, você pode arriscar ir até a Green Sand Beach. Esta é uma praia de areia verde pra lá de exótica. Você não vai encontrar essa praia marcada no mapa das locadoras de carro, porque o trajeto é lamacento. Prepare-se pra perguntar em bibocas locais. Ou então, pode parar apenas na Black Sand Beach (ou Punalu’u), que fica logo depois. Dá tempo de ver as duas praias pela manhã.

À tarde, há duas opções. Ou curtir Volcano, cidadezinha cheia de galerias e cafés à beira do Kilauea, ou ir visitar o Parque dos Vulcões. Neste caso, é fundamental que você ANTES de planejar qualquer caminhada pelo parque verifique onde a lava está escorrendo naquele dia. O Kilauea se comporta de maneira muito instável. Semana retrasada, por exemplo, um casal de amigos que nos visitou não conseguiu ver lava alguma. Isto porque o vulcão estava em “deflação” (expliquei isso aqui).

De posse da informação sobre a lava, você tem 3 opções.

1) Fazer a trilha à pé pela beira da praia

Desta forma, vai sentir de perto o que é um campo de lava (leve água e vá de tênis, o chão é afiado, pode machucar o pé).

ATUALIZAÇÃO EM DEZEMBRO/2019: Por causa da forte erupção de 2018, o lava tube e o Jaggart Museum estão fechados ao público.

2) Dar a volta na Chain of Craters Road

Por esta estrada que corta o parque dos Vulcões, dá par ver o lava tube. Além dos diversos vents com fumaça, etc. A estrada não só circunda a cratera, como chega até a beira da praia, onde fica um arco de rochas lindíssimo. Na beira da praia, não deixe de incluir no roteiro a parada para ver o Holei Sea Arch.

3) Ir ao Jaggart Museum, o observatório principal do Kilauea

… e se ficar lá até anoitecer, para ver a iluminação amarela natural da lava saindo da cratera. Ou ainda, fazer a caminhada pela praia em Kalapana. Esta caminhada pela costa pode levar ao ponto onde é possível ver a lava escorrendo no mar. Depende de como estará a atividade da lava no dia de sua visita.

Há ainda a possibilidade de fazer um tour de barco para ver a lava do mar. Eu fiz esse tour em 2013, e foi super-legal. Inesquecível, principalmente pela proximidade com que chegamos da lava.

Dia 4 na Big Island

Minha sugestão é passear por Hilo e arredores. Uma visita rápida ao Museu do Tsunami é legal, mas dispensável se seu problema for tempo. Se quiser, pode fazer o passeio de helicóptero pela manhã, para ver o Kilauea do ar, acho mais legal que o museu. Mas se não estiver a fim deste tour nem de museu, há opções: Hilo tem 2 cachoeiras muito bonitas próximas, a Rainbow Falls (dentro da cidade) e a ‘Akaka Falls (mais pro norte). No caminho para a Akaka Falls, dê uma esticada no roteiro passando pelo Jardim Botânico, que é muito ajeitado.

A vista do Waipio Valley e o roteiro de volta a Hilo

Sendo seu último dia inteiro na ilha, eu tentaria ir até o Waipio Valley, bem ao norte. O vale é lindo, cenário espetacular. Carros não conseguem descer na praia, só de cavalo. Acho que vale a pena investir numa cavalgada aqui.

À noite, Hilo não é uma cidade movimentada. Caso não esteja cansado de tanta estrada, portanto, vá de novo pro Kilauea. Faça um passeio vulcânico que não fez ainda. Porque o mais legal da Big Island é exatamente a “festa” da lava. Curta ao máximo.

Espero ter ajudado com minhas dicas.

Tudo de aloha sempre.

P.S.

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