Não sei o que está acontecendo com o mundo. Certas notícias parecem surreais – mas não são.
(Análises mais aprofundadas e elaboradas sobre boa parte desses temas você encontra em qualquer “esquina” pela rede…)
1) A execução pela polícia londrina de um brasileiro por engano pós-tensão nervosa de bombas terroristas. Precisa dizer mais?
2) O ataque suicida nos hotéis de mergulho no Egito, à beira do Mar Vermelho. Diga-se de passagem, uma região cuja maior atividade econômica é o turismo. E matou em sua maioria, egípcios. Uma pseudo-guerra civil de conotação ideológica mundial. Ahn?
3) A Sociedade Americana de Neurologia tem um congresso em Washington, D.C. em outubro, e convidou o Dalai Lama para dar uma palestra sobre como a meditação afeta a atividade cerebral – há tempos o Lama pede aos cientistas que tentem entender melhor os mecanismos neuronais que desencadeiam a sensação de bem-estar que a meditação traz. Afinal, poderia beneficiar o conhecimento geral sobre mecanismos de controle das emoções negativas. Curiosamente, um razoável número de cientistas chineses (a maior parte deles vivendo nos EUA) reclamou da palestra, e estão fazendo pressão para que a Sociedade desista de permitir a palestra do Dalai. Alegação dos chineses: “Meditação é um tópico com reivindicações hiperbólicas, pesquisa limitada e rigor científico comprometido”. Uma pseudociência, basicamente. Mas… não é para isso que o Dalai está querendo desmistificar e pedindo para que seja estudado? (Via Nature, reportagem disponível a assinantes apenas.)
4) Enquanto isso, no Brasil, o mensalão… sem comentários.
5) Enquanto isso, no Iraque, na Faixa de Gaza… bombas explodem. Sem comentários II.
6) Ontem vi um documentário do National Geographic sobre o Afeganistão. Alguém me explica como algumas pessoas e alguns políticos dormem tranquilamente à noite sabendo das atrocidades que cometem todos os dias? Sabendo do sofrimento desmedido que causam com bombas e invasões e ameaças? Com violência que só gera mais violência? Com fanatismo religioso?
Sinceramente, essas surrealidades saem do meu alcance de entendimento da natureza humana…
Estamos no mundo – mas estaria o mundo em nós?
Tudo de bom (?) sempre.