Por um planeta energeticamente limpo

No mundo todo hoje celebra-se o dia do Meio Ambiente. A data convida à reflexão sobre o nosso entorno, principalmente em tempos de discussões e mais discussões sobre aquecimento global, em tempos onde os grandes poluidores parecem fazer questão de ignorar que estão comprometendo o futuro do planeta.

Por um planeta energeticamente limpo

Essa foto foi tirada em Huntington Beach, na Califórnia, EUA. É uma praia famosa pelo surfe, pelas modas e pelos casarões – um lugar chique, basicamente. E eu estava louca para conhecer essa praia tão mitificada. Mal sabia eu da decepção que teria.

Na beira-mar, a primeira estrutura que chama a atenção é essa enorme usina termelétrica (essa, movida a gás natural), que obviamente é apenas uma das inúmeras que existem no país. Um exemplo claro de por quê os EUA encabeçam a lista dos mais poluidores do mundo: o país é movido a termelétricas, usinas estas que produzem energia a partir da queima/combustão de combustíveis fósseis (em geral, carvão, mas pode também ser petróleo ou gás natural), um processo que libera ao final índices alarmantes de CO2 – que obviamente terminam na atmosfera. Infelizmente, ainda é a forma mais eficiente e barata de se produzir energia. Economicamente falando, o “custo-benefício” ainda é o mais vantajoso: custa 1,300 dólares por kilowatt para construir uma usina termelétrica. E num país tão ávido por eletricidade, infelizmente esse efeito direto no bolso ajuda a manter essa escolha malfadada.

Entretanto, sabemos que o preço ambiental das termelétricas é altíssimo. E há um problema ainda pior: ao gerar energia “barata” termelétrica para uma sociedade localmente, gera-se também um prejuízo – que é pago, entretanto, pelo planeta inteiro. Porque as correntes de ar, meus caros, não se subjugam à lei humana das fronteiras. São as termelétricas movidas a combustíveis fósseis as grandes vilãs, junto com as queimadas das florestas tropicais pelo mundo e com o uso abusivo de carros e outros meios de transporte ineficientes, que contribuem para o problema do aquecimento global.

Mas há alternativas. Já existem pesquisas tentando desenvolver fontes de energia mais limpas, principalmente do biodiesel; mas esbarram sempre no mesmo problema: a eficiência energética. Se por um lado são fontes menos poluidoras, por outro, podem gerar lixo exagerado durante o processo de produção do combustível (caso da cana-de-açúcar) ou não produzirem a quantidade suficiente de energia que as torne “economicamente atraentes” (caso das usinas eólicas). Há de se buscar essa balança melindrosa entre o bolso e o ambiente para que a popularidade de uma energia limpa seja alcançada. E para que o planeta enfim possa respirar aliviado.

Tudo de bom sempre ao ambiente por inteiro – e com energia limpa, sonho que há de vir um dia.

P.S.: Não são os EUA um país dicotômico? No mesmo estado em que Huntington Beach e sua termelétrica reinam, há essa interessante tentativa de escolha energética mais limpa para o ambiente. Será que isso é uma tendência? Tomara que sim.

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Este post faz parte da blogagem coletiva organizada pelo Lino, um vila-velhense como eu, para celebrar e refletir sobre o dia do Meio Ambiente. A ação está se concentrando no blog dele, portanto, não deixe de visitá-lo – e acessar os posts dos outros blogs participantes.



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