por:
Lucia Malla
Antigos, Brasil, Comes & bebes, Cotidiano, Línguas do mundo, Minas Gerais
Publicado
28/10/2007
Não me considero uma pessoa chata com português – pratico o exercício de não apontar os erros alheios já que eu também sou passível a eles, e evito indelicadezas desnecessárias acreditando que o cerne da comunicação é o entendimento, afinal. Mas quando abri o cardápio de um bar que fomos em Minas, na parte das pizzas, uma palavra me saltou à vista: muçarela. Escrita assim, com cê cedilha.
É claro, eu não devo ter sido a única a se incomodar com essa grafia, porque logo abaixo dessa mesma seção no cardápio havia o recado explicativo visto no rodapé da foto acima, dizendo que o dicionário Michaelis registra a grafia muçarela ou mozarela, e não mussarela.
A Wikipedia apresenta um sucinto compêndio sobre esse bizarro imbroglio gramatical envolvendo o queijo mais consumido no Brasil:
“Embora a origem da palavra seja italiana, conforme o local onde é fabricado, tem nomenclatura diferenciada. No Brasil, embora seja popularmente grafado como mussarela, encontra-se dicionarizado como “muçarela” (Houaiss, Michaelis) ou “mozarela” (Dic. Aurélio). “
Enfim. Enquanto comíamos uma pizza de muçarela no bar, saboreamos um delicioso chop de groselha e outro de menta, esses sem maiores problemas grafológicos. Eu adoro chopes com sabor. Acho que são as cores desses líquidos que me fascinam, porque trazem essa sensação de domingo à tarde tranquilo, com boas expectativas de uma semana melhor por vir. Um tintin colorido a todos, então.
Tudo de bom sempre.