Mementrevista

Foi a Xará Joaninha quem convocou – e eu, participante de dois projetos coletivos com ela, não pude recusar. É um meme-entrevista para relaxar um pouco da correria do dia-a-dia. Aí vão minhas respostas.

1. Por que resolveu criar o blog?

Essa está escrito no meu perfil, felizmente: porque queria contar pros amigos minhas aventuras e desventuras pelos lugares por onde passava no mundo. Eu fazia isso por email, mandando o mesmo relato para um monte de gente. O blog foi uma ferramenta mais prática para evitar entupir a caixa postal dos amigos.

2. O que te dá mais prazer em blogar?

Acho que é porque os blogs têm vida. O disseminar das boas viagens e histórias me alegra.

3. Indique um blog bom e um que você não gosta e por quê.

Eu gosto muito de vários blogs (a maioria em inglês, though), e há fases em que gosto de um blog, depois enjôo, depois volto a gostar… é muito dinâmico e mutante, como tudo na rede o é. Eu diria que hoje os meus favoritos são o Japundit, o Dot Earth, o Deep Sea News e o Brave New Traveler. Em português, adoro a dinâmica do Faça a sua parte – eu colaboro lá e vejo que o pessoal todo é nota 10. Apesar de não ser vegana nem vegetariana, acho também as receitas da Andréa muito criativas. Descobri alguns blogs recentemente de que gostei: Documento Tupiniquim, Viajante Consciente, A volta dos que não foram, Idéias na janela, este último de uma sensibilidade fenomenal. Eu sou muito curiosa por ler relatos de viagens e todos da minha lista aí do lado são visitados com frequência. Gosto também do blog do Arnaldo, mas o tamanho das fotos maravilhosas que ele posta (~1MB/foto) ainda gera uma demora para carregar a página e acho que isso deve espantar muita gente – mas vale a pena esperar, garanto. Agora, um blog que eu não gosto mesmo eu simplesmente não visito nem indico a ninguém.

4. Qual tipo de música você ouve, e quais suas bandas favoritas?

Música me faz viajar no espaço-tempo e eu ouço muitas coisas diferentes – agora por exemplo está tocando New Order no ipod, aparelhinho este que vive na posição “shuffle songs” aqui em casa; deixar o acaso comandar o universo, essa é a lei. Particularmente curto muito jazz e música instrumental – Hermeto Pascoal, Miles Davis, Jaco Pastorius e Pat Metheny sempre, sempre, sempre. Tive o prazer de assistir a um show do Dave Brubeck em 2001, em Boston, e esse foi um dos shows mais inesquecíveis que vi na vida – uma lenda do jazz tocando sua lendária música “Take Five”, foi maravilhoso, chorei de emoção, desses momentos que valem uma vida. Como Tiagón e o Rafael, também acho que poucos discos elevam tanto a gente ao universo quanto “A love supreme”, do Coltrane. Embora não fale muito disso aqui (para não perceberem o quanto eu sou realmente fora de órbita), gosto MUITO do que se convencionou chamar “clássico contemporâneo” ou experimentalismo – Steve Reich, Ligeti e Messiaen, principalmente. Já tive o prazer de ver algumas orquestras pelo mundo tocando Messiaen; é raro, mas acontece, felizmente, e esse ano deve acontecer mais pois é o centenário de seu nascimento. Muitos nem chamam o experimentalismo de música, mas eu acho extremamente viajante a sonoridade e adoro as experimentações que eles fazem. Delirei há alguns meses quando assisti a uma apresentação adaptada do “Living room music”, de John Cage, feita por um grupo performático da USP, lá no IB. Eles fizeram como se fosse um “Waiting room music” de dentista, muito interessante. Pensei que nunca assistiria a tal maluquice ao vivo, mas vi, e foi lindo, muito emocionante! Agora bandas que ouço… tem de tudo um pouco: sempre adorarei Zappa e todas as suas maluquices musicais, acho que o som dele é atemporal. Tem um quarteto de fusão japonês chamado Four of a Kind que eu ouço muito também, junto com Tower of Power – os solos de baixo do Rocco Prestia são de arrepiar. Gosto de Mike Oldfield também, de Iz e Jack Johnson, para me lembrar dos churrascos kama’aina no Hawai’i, e de Arnaldo Antunes. E ultimamente tem tocado bastante rock filipino no meu ipod – Hale, principalmente. Aliás, num mundo ideal falar de rock deveria ser falar de Filipinas, porque eu nunca vi um lugar com tanta banda de garagem como lá. Um celeiro de bons sons e solos.

5. Qual o assunto que você mais gosta de postar?

Qualquer coisa que esteja passando pela minha cabeça, com um bias tremendo para viagens, fotografia, ciência e questões ambientais (de preferência com tubarões no meio). Porque eu realmente curto esses temas, então eles sempre rondam a minha rede neuronal. Agora, ironicamente meu post predileto é um que quase ninguém leu, que agrega todos esses temas em uma tacada só – e que o Google praticamente esqueceu.

6. Seaquinevasseceusavaesqui?

Minha experiência com esqui é patética, caí diversas vezes tentando ficar de pé em Yongpyong, um resort de inverno na Coréia. Acho que se aqui nevasse eu me esforçaria mais para aprender. Ou tentava o snowboard.

mementrevista

7. Você é: casada, solteira, separada, enrolada, desquitada, chutada, viúva ou outros?

Casada.

8. Por que você deu este nome ao seu blog?

Porque eu assinava os emails que escrevia pros amigos contando minhas prezepadas viajantes assim: “Lucia Malla – pelo mundo…” Alguns amigos me diziam que não ficariam surpresos se um dia recebessem um email meu dizendo que estava na lua, tamanho o nomadismo que tive em certo momento da vida. Quando resolvi criar um blog, o nome veio quase que imediatamente, dado o objetivo que eu tinha na época.

9. Qual foi o último blog que você visitou?

O do Pedro Doria. Gosto da pacatez que ele transmite em seu texto mesmo quando discute assuntos altamente fervorosos.

10. Por que resolveu participar deste meme?

Porque a Xará me passou duplamente sem querer. 😀 E o meme era divertido: eu adoro brincadeiras assim, meio sem sentido. 😛

Supostamente eu tenho que passar para alguém. Mas, como sempre, eu deixo à vontade para quem quiser responder, aqui na caixa de comentários ou em seu blog.

Tudo de meme sempre.



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