Conheço a Chica daqui do Havaí. Quando morei em 2003 em Honolulu, ela estava sempre nas rodas de violão da galera brazuca. Tem um jeito peculiar de conversar, de contar seus “causos”. Aliás, prepare-se, porque são muitos causos e os mais hilários. No último Natal, dividimos a ceia e os papos. Aí num jantar posterior, a Chica me contou então que participava de um projeto da prefeitura de São Paulo muito bacana: o ônibus-biblioteca.


Pedi detalhes. Então ela me mandou as fotos da última excursão da qual participara, no Tremembé.
Nesta visita do ônibus em particular, quem acompanhou a Chica foi o Markiano, um deficiente visual. O Markiano tentava mostrar as crianças maneiras diferentes de “ver” o mundo, com a perspectiva da cegueira envolvida. Me pareceu uma ideia muito bacana, um desafio afinal que faz pensar.




A Chica, bióloga, professora da USP, artista plástica (é uma aquarelista de mão cheia) e autora de livros infantis, levou no ônibus-biblioteca a sua lupa, para mostrar às crianças da área mais detalhes dos mosquitos e moscas que rondam nossa vida. Como especialista em evolução de Drosophila, ela provavelmente deu um show contando a história natural desta espécie. E para as crianças, virou a “tia” Chica.


De acordo com a Tia Chica, a atividade foi uma delícia. Uma experiência divertida e que funcionou bem, as crianças estavam animadas e curiosas com a novidade.


Se as crianças não são expostas à ciência e à arte da maneira formal, nada como levar então a ciência e a arte até elas de maneira divertida, não?
Tudo de bom sempre.
P.S.
- Todas as fotos foram tiradas pela Maria de Fátima, funcionária do ônibus-biblioteca de São Paulo. 🙂