Quando estávamos em 2008 fazendo nossa viagem de carro pelo centro-oeste e sul do Brasil, recebemos uma dica valiosa do grande e queridíssimo Tiagón. A idéia era ir a Gramado/Canela, mas quando explicamos nosso trajeto e intenção de subir a Serra Gaúcha, a 1a coisa que Tiagón nos disse foi: “Se eu fosse vocês, pararia e ficaria em Nova Petrópolis. É mais aconchegante – e mais barato.” E não é que ele estava certo sobre este passeio?

O charme de Nova Petrópolis
Nova Petrópolis é menor e menos “perfeitinha” que sua “irmã” famosa Gramado. Mas muito fofa, porque as ruas não cheiram a glamour nem pretendem ser nada – elas cheiram a interior, com broa e café passado na hora, e são o que são, ruas de uma cidade de colonização alemã do interior do Rio Grande do Sul. Chegamos tarde da noite à cidade, cansados da aventura em Mostardas. Passamos então o dia seguinte em um passeio ensolarado andando pelas ruas pacatas, apreciando as casas em arquitetura alemã e suspirando a cada araucária, repondo energias e respirando ar puro de tranquilidade. Do centro de informações ao café colonial, tudo de uma delícia sem fim.

Como toda boa cidade do interior brasileiro, a vida circula e centraliza-se na praça. E a pracinha de Nova Petrópolis não faz feio, pelo contrário: é das pracinhas mais charmosas que vi pelo Brasil varonil. Os jardins impecavelmente bem-cuidados, repletos de flores; pra diversão de crianças e crionças, um labirinto na área central. Me esbaldei me perdendo e me encontrando pelo verde, aprendendo o que as cidades do interior têm de mais precioso pra ensinar: o passatempo de passar o tempo, sem stress ou pressão da modernidade, curtindo cada bom dia e boa tarde. Vivendo o bucolismo de uma hora atrás da outra, sem atropelamentos.

Tchau, Nova Petrópolis!
Óbvio que mais tarde prosseguimos viagem. Então chegamos a Gramado, Canela e muito mais. Mas ficou registrado que no meio do caminho tinha Nova Petrópolis, cuja autenticidade e simplicidade sem pretensão ganhou um lugar muito mais especial no meu coração.

Obrigada, Tiagón, pela dica valiosa desta pequena jóia.
Tudo de bom sempre.
