Sexta Sub: dia internacional do surfe

por: Lucia Malla Política, Sexta Sub, Surfe

Ontem, 20 de junho, foi o dia Internacional do Surfe.

Dia Internacional do Surfe

Um esporte que curto ver, fissurada que sou desde criança nos altos cutbacks. Acompanho sempre que possível este que é o esporte havaiano por excelência. Que saiu daqui e conquistou os mares do mundo. Mas o surfe de verdade vai muito além dos campeonatos. Mais que um esporte, é uma diversão, para todas as idades e tamanhos. Acho muito revigorante ver uma reunião de família ou amigos inteira dentro da água, pegando umas marolinhas, compartilhando tombos e risadas, só pelo prazer da brincadeira. E nesta democracia da água salgada em cima de um pedaço de madeira ou espuma, seguimos todos com sorriso no rosto e satisfação no coração. He’enalu ‘oe.

Tudo de surfe sempre.

P.S.

  • Esta foi uma semana extremamente conturbada de acontecimentos importantes no Brasil. Confesso que me emocionei ao ver as imagens da 3a Ponte de Vila Velha, minha cidade querida, completamente tomada pelas pessoas, e cheguei a considerar que o Brasil estava vivendo ali uma certa primavera. Mas, não. O sábio tempo – mesmo que na dimensão ultra-veloz atual, de poucos dias, às vezes horas – já mostra que movimento ainda exige cautela, como bem disse o Ina. Para ser pensado, analisado, mordido e digerido. Muita informação aconteceu, os boatos então são insanos. E vi ainda gente de esquerda compartilhando links de direita – e vice-versa – na timelouca do facebook. Que virou um grande divã da insatisfação nacional. Confesso que gosto de ver todo esse pensamento político fluindo, afinal somos todos seres políticos, e exercemos política cada vez que escolhemos o que consumir, o que refletir, o que reclamar e o que ignorar. Na rotina diária, muita gente esquece do nosso lado inerentemente político. De repente, parece entretanto que todos voltaram a dar importância a essa essencialidade da existência humana em sociedade. Gosto desse despertar, revigora, um suspiro de otimismo. E adoro ver as pessoas nas ruas, ocupando o espaço que é delas por essência da vida em sociedade, também. Pensando, repensando, despensando.

Mas, meus 20 centavos: parece que há um problema auto-imune em todo esse movimento. E por enquanto, por mais que a gente se informe e desinforme a cada segundo, acho que não dá pra diagnosticar nem prognosticar nada com clareza e objetividade. O que dá é pra tomar uns paliativos, enquanto a gente vai fuçando e examinando mais, para saber que órgão deste paciente-país está realmente sendo afetado. Só espero, do fundo do coração, que não seja tarde demais. 

  • Tenho assistido à Copa das Confederações, por mais que a popularidade dela esteja no bueiro. Porque meu amor pelo futebol, pelas ilhas e pelos países esquecidos pela FIFA não pode deixar de torcer pelo Taiti, zebra e orgulho total do Pacífico neste momento. Por mais que eles percam nos 90 minutos, já são entretanto uns guerreiros vencedores. 🙂


690
×Fechar