Duas moréias-pintadas de uma espécie restrita ao Atlântico, a Muraena pavonina.
As moréias ficam de boca aberta na maior parte do tempo, captando a água do mar. Esta capacidade, aliás, auxilia na respiração delas.
Embora lembrem de relance uma cobra, não têm nada a ver com elas. Afinal, são peixes. Isto mesmo: a ondulação que começa na cabeça das moréias é na verdade uma nadadeira. A mandíbula delas é muito poderosa, com dentes afiados e costumam dilacerar sua vítima ao se alimentar. Em geral, se alimentam peixes que passam perto de sua toca.
Uma moréia pode chegar a três metros de comprimento. Uma gigante escondida do fundo do mar. Que, por viver de boca aberta, ser carnívora e morder fortemente, recebeu então no nordeste o apelido de “dragão brasileiro”.
Tudo de sub sempre.
P.S.
- Provavelmente, a última reforma ortográfica do português retirou o acento de moréia. E, como vocês podem perceber, atesto minha idade e minha desencanação plena, a essa altura do campeonato, com o perfeccionismo linguístico. Deixemos a moréia em paz… E seu acento. 😀
- A foto destas duas moréias foi tirada no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, uma aventura que já foi contada aqui no blog antes.
- Quer saber mais sobre fauna marinha e outras curiosidades do mar? Então dá um mergulho na página dedicada à Sexta Sub, a sessão do blog que explora o mundo abaixo da linha d’água.