O mais-que-querido-e-adorado amigo Allan, que desde 2004 delicia a blogosfera com suas crônicas e impressões do cotidiano de expatriado e morador de Piacenza, na Itália, em seu blog, deu o pulo do gato. Afinal, publicou um livro de papel, o “Carta da Itália”. O assunto? O fino da bossa (pronto, entreguei a idade) das crônicas e impressões do cotidiano de expatriado e morador da Itália, claro! 🙂

“Carta da Itália” – o livro – é a oportunidade para juntar na sua mesa de cabeceira perspectivas comuns de uma Itália contadas por um brasileiro que está longe de ser um brasileiro comum. O Allan tem um olhar perspicaz e generoso, crítico sem ser indelicado, bem-humorado sem perder a profundidade nem a palavra certa. E acima de tudo, ele é um amigo fenomenal, que sempre fala as coisas certas nas horas mais necessárias. Ainda não li o livro, mas sei que conhecendo o Allan e sua peculiar visão de vida, deve ser uma pequena e simpática obra-prima, como seu autor.
Confissão em uma Carta da Itália
E aqui deixo minha confissão: tenho um carinho especial pelo Allan. Por mil motivos que vão além da sua simpatia extrema. Também porque foi ele quem deu o pontapé inicial para começarmos em 2007 o blog coletivo verde Faça a sua parte, do qual muito me orgulho (ou nos orgulhamos, acho). O mais legal do backstage do coletivo foi aos poucos descobrir, quanto mais batalhávamos e discutíamos e nos embasbacávamos com as confusões ambientais, o quanto o Allan é dessas pessoas valiosíssimas, de uma ética, otimismo e simpatia infinita. Abro um sorriso especial quando lembro que tive a sorte de ter esbarrado e sentado pra uma prosa na estrada da vida com o Allan – se tudo der certo, mais vezes nos encontraremos para um vinho italiano, um café ou simplesmente para mais risadas e papos sem fim. O convite está sempre de pé, ele bem sabe.
De modo que se eu fosse você, corria para ler as histórias italianas que o Allan separou no livro dele. Ele mesmo diz que o “Carta da Itália” não é sério – e desde quando livro bom precisa ser sério? Diz também que as histórias estavam enterradas num fundo de gaveta, que já iam ser descartadas e não publicadas, etc. e tal. Tudo balela. No fundo, bem no fundo, afinal, estas histórias estavam enterradas, sim. Mas em outro fundo, aquele que fica do lado esquerdo do peito dele.
Obrigada por compartilhá-las com a gente, querido.
Tudo de melhor sempre pro Allan e suas cartas italianas deliciosas. 🙂
P.S.
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