Entrevista viajante: Leila

por: Lucia Malla Blog, Blogosfera & mídia social, Entrevistas

Quando publiquei a entrevista-piloto via MSN com o Marmota na semana passada, fiz quase em seguida outras dois, testando formatos. Uma delas é a entrevista de hoje com a Leila. Portanto, não pude incorporar imediatamente as sugestões ótimas que o pessoal deixou na caixa de comentários, mas adicionarei algumas assim que eu começar a nova fase de entrevistas viajantes – e podem me cobrar se eu não o fizer.

A Leila foi uma das primeiras blogueiras que eu li fora dos temas que abordo no meu blog, consta no meu blogroll desde então e depois de tanta leitura recíproca, nos tornamos amigas virtuais. Ela tem uma afiada verve jornalística (e carioca), que é espalhada na rede em inúmeros posts sobre lambanças da família Arbusto na Casa Branca ou sobre a última loucura de alguma celebridade (ou pseudo). O blog é escrito direto de Sacramento, CA, onde a Leila mora atualmente. A curiosidade de saber na perspectiva pragmática dela sobre as viagens que fez por aí me animou a convidá-la por email – e essa será então a “entrevista-piloto via email”. Ficou assim.

Você se considera mais ecoturista ou é mais adepta dos passeios urbanos?

Leila - entrevista viajante
(Foto gentilmente cedida pela Leila. O fofo na foto é o filhote dela, o Chris, que faz aniversário hoje – vamos todos lá no Stuck in Sac desejar feliz aniversário pra ele, oba!)

Leila: Eu gosto dos dois tipos de passeio. Sou mais safa nas cidades, e me atrapalho um pouco em escaladas e trilhas e odeio insetos, mas isso não quer dizer que eu não ame ir para uma ilha ou uma cabana nas montanhas…

Qual foi sua viagem inesquecível? Por quê?

Leila: Foram muitas, mas eu diria que as top 4 foram:

  1. Fernando de Noronha, em 1992, onde cheguei sozinha e acabei ficando com um grupo de 27 pessoas da minha idade; vi uma tartaruguinha nascer e correr pro mar pela primeira vez, vi de perto golfinho, tubarão, atobá… Sem falar naquele mar belíssimo, e rochedos dramáticos que você não encontra em outro lugar do Brasil.
  2. Europa, em 1996, só eu e minha mochila. Fiquei lá um mês passeando pela Itália, França, Alemanha e Suíça. Mas na última metade da viagem, eu estava acompanhada pelo rapaz que viria a se tornar meu marido menos de um ano depois.
  3. Nova York, em 1995, com uma de minhas melhores amigas. Nossa cumplicidade e identificação foi fundamental para uma das viagens mais divertidas da nossa vida. Exploramos boa parte de Manhattan a pé, inclusive guetos; saíamos para dançar com freqüência quase sem gastar nada, compartilhamos a sensação de andar nas nuvens quando pensamos ter achado nossos grandes amores, e choramos uma no ombro da outra quando os namoricos não deram certo. E depois encontramos outros amores rapidinho, na mesma semana.
  4. Ilha Grande-RJ, 1989-90, partindo de Portogalo num veleiro com casais amigos. Fizemos isso várias vezes, sendo que em uma delas passamos a noite no barco. Uma aventura sensacional, mas segura, unida à beleza e paz do lugar e à paixão de um namorado maravilhoso.

E qual foi a pior viagem que fez? Por quê?

Leila: Em meados de 1985, com minha turma de amigos adolescentes. Ficamos enfurnados numa casa precária em Cabo Frio durante um feriadão inteiro, porque chovia a cântaros sem parar. Para completar, eu estava com início de gastrite, e a comida disponível era um horror.

Qual a comida mais exótica/ estranha que já comeu numa viagem?

Leila: As coisas mais exóticas que comi foram no Rio de Janeiro mesmo, numa churrascaria: carne de jacaré e de rã. Nada mau.

Você tem alguma mania ao viajar? Tipo colecionar fotos de orelhões, beijar o chão ao chegar, etc.?

Leila: Gosto de fotografar a arquitetura local, e pago mico me posicionando das formas mais inusitadas para obter o ângulo desejado.

Qual o souvenir mais exótico que já trouxe de algum lugar?

Leila: Berimbau da Bahia serve? 🙂

Uma dica sua especial…

Leila: Pesquisar muito antes de partir, para já ter alguma idéia do que você quer fazer, e o que deve evitar. Odeio armadilhas para turistas, e também odeio perder tempo com lugares que não faço questão de conhecer. Procure entrar em entendimento prévio com seu parceiro de viagem sobre o roteiro, para não rolar muita discussão durante o passeio. Se houver alguma diferença entre prioridades, pegue um dia para vocês passearem em separado, e faça essas coisas que o companheiro não quer.

A próxima viagem é para…

Leila: Rio de Janeiro, principalmente para visitar a família. Com todos os problemas da cidade, ainda acho que é um lugar que todo mundo tem que ir pelo menos uma vez na vida. O carioca sabe viver e se divertir, a comida é maravilhosa, e não tem nada mais gostoso que passar um dia inteiro entre Ipanema e Leblon.

Então fica nesta entrevista meu desejo de boa viagem pra você, Leila! 🙂

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