Ufa! Aparentemente, acabou o nervosismo, a ansiedade, a torcida. Waldemar Niclevicz e Irivan Gustavo Burda foram pro ataque final ao topo do Everest. A notícia suspeita é que parece que eles chegaram ao cume ontem, dia 30/maio, e puseram a bandeira brasileira tremulando a 8.848m de altura, pro mundo ver e aplaudir. (Digo parece porque Waldemar ainda não entrou em contato com o acampamento-base depois do feito, mas já está adicionado à lista dos “everesters”.)
Se a notícia é verdadeira, a celebração dos 10 anos da conquista do Everest por brasileiros foi portanto bem-sucedida. Mesmo depois das (im)previsões de tempo dessa temporada não terem contribuído muito, com ventos fortes e muita neve.
A outra dupla brasileira, Vitor Negrete e Rodrigo Raineri, estão já no acampamento 2 do Tibet. E subindo sem auxílio de oxigênio suplementar e com força total. Se eles também chegarem ao cume – o que pode ser dentro de algumas horas – será uma dobradinha brasileira dos dois lados da montanha (sul e norte) como nunca visto antes.
Mas a vitória das vitórias entre as notícias “everestianas” chegou há algumas horas. Will Cross, diabético tipo 1, conquistou o cume sul do Everest, com sua bomba de insulina, seu preparo físico e sua força de vontade extraordinária. Uma vitória humana contra o preconceito. Uma vitória que mostra a todos o quanto ser diabético não é um impedimento à realização dos sonhos e desejos de ninguém. É o primeiro diabético a enfrentar esse desafio. Merece aplausos de pé por ter vencido. Eu, pelo menos, estou aplaudindo.
Para quem acompanha esse blog há mais tempo, sabe que sou uma apaixonada por histórias de montanhismo. Que sofro da “febre do Everest“. Que estava torcendo muito pela celebração dos 10 anos do Brasil no Everest. E que maio é o mês das monções na região dos Himalaias, fenômeno que permite à maior parte das pessoas a janela favorável de temperatura e umidade para a escalada dos picos da região. Maio está acabando, e eu espero que consiga dar umas férias cerebrais também pros livros, sites e filmes de montanhismo. Porque tudo na vida tem limite, e essa loucura montanhista já ultrapassou o aceitável.
Já o Explorador da Rede Camburizinho está de volta das “férias” (entenda-se tese de mestrado). E com a história da expedição de Shackleton à Antárctica, aventura que vale ser lida. O Barnabé também voltou semana passada, com sua ironia política e “causos” do cotidiano brasiliense.
Lucia Malla também “volta” em junho, sem montanhismo e afins, com sua programação normal de viagens na maionese… Fique ligado.
Enquanto ainda é maio… Tudo de bom sempre, para todos que alcançaram o cume do Everest em 2005!
P.S.
Não podia deixar de comentar. A notícia de que os ministros japoneses foram aconselhados a não usar terno, para diminuir o gasto com ar condicionado nas repartições, e levar os demais funcionários na hierarquia a também usarem roupas mais leves, é das mais ecológicas. Iniciativa nota 10. Cumprindo à risca o protocolo assinado em Kyoto. Adorei.