Eu sei que não há muito a comemorar neste 08 de junho, dia mundial dos oceanos. Afinal, o acidente da BP tem mostrado diaria e angustiadamente o quanto ainda conseguimos causar (e como!) sofrimento neste ecossistema.
Mas eu não consigo, apesar dos pesares, só pensar no pior, quando o assunto é mar. Sou muito otimista e amo demais esse azulzão pacífico para não pensar que em meio a tanto desastre e descaso que vem ocorrendo no Golfo, ainda é no infinito do horizonte líquido que me apego quando preciso esperar a chuva passar – e o arco-íris aparecer. E ele sempre aparece. É no vai e vem das ondas, no balancinho gostoso da maré, que o azul encanta – e entorpece. E que a placidez aquece.
Que o futuro nos reserve um melhor dia oito de junho dos oceanos à frente.
Tudo de mar sempre.