Há alguns dias, o Travel Blog do Lonely Planet fez uma pergunta simples: qual gadget/equipamento/objeto que você não viaja sem?
À parte o básico óbvio – como roupas, passagens e uma mala/mochila/bolsa que seja – acho que há poucos itens que eu não consigo mais viajar sem (já esqueci de levar o possível e o impossível em viagem). Alguns itens antigos e outros modernos, mas poucos. Isso é bom, porque meu mote sempre foi (tentar, pelo menos) viajar light e acho que em último caso, compra-se um repositor temporário e vamoquevamo. Principalmente nos tempos modernos, quando empresas começam a cobrar pelas bagagens que você carrega, é realmente importante minimizar qualquer apetrecho, comprimi-lo ao máximo ou mesmo nem levá-lo. Era uma vez o tempo das grandes malas de viagem.
Da lista antiga de troços que eu carrego, o mais indispensável é o meu mini-nano-micro-bloquinho de anotações, onde rabisco as palavras mais ilegíveis em meio a trilhas, carros em movimento ou tomando um café agradável. Esses caderninhos, aliás, viram depois preciosidades porque a organização caótica, com listas de albergue de uma cidade ao lado de comentários sobre determinada espécie de ave que avistei, me permite de vez em quando abri-los e reconstruir um pouco das viagens na maionese que se passavam na minha cabeça durante uma aventura. É uma sensação deliciosa.
Dos objetos novos, acho que o mundo digital simplificou e complicou ao mesmo tempo nossa vida viajante. Se hoje não carregamos zilhões de rolos de filme, outros cacarecos tornaram-se nossos parceiros fundamentais em jornadas pelo mundo: o carregador de bateria de máquina e celular, além dos famigerados cartões de memória e/ou pen drives respectivos (que a gente chama aqui em casa de “guiguinhas”) fazem as vezes dos antigos filmes. Com a diferença de que são menos volumosos.
Mas inclua-se aqui que eu quase sempre viajo com o André, e ele como fotógrafo sub carrega um volume absurdo de equipamento, que nos faz quase sempre estar no limite de peso permitido na bagagem. São lentes, máquinas, caixa-estanque (que pesa horrores), flashes externos, suporte para eles, pilhas e baterias, fiarada e, se a viagem é longa, ainda precisa carregar laptop. Haja espaço.
Carregá-los é outra parte do imbroglio. Dependendo da viagem, escolhemos a mala mais adequada – às vezes me sinto numa loja de malas tamanha a variedade de opções da casa. E para facilitar o empacotamento desses equipamentos, coloca-se tudo em caixa plástica tipo tupperware, que é impermeável e facilita por agregar tudo num lugar só. Já estamos bastante acostumados a essa organização, o que nos economiza tempo. E depois de tudo arranjado, aí é só pôr o pé na estrada em mais uma aventura! 🙂
E eu pergunto a vocês: qual o equipamento/objeto que vocês não viajam sem?