Neste fim de semana que passou fomos mais uma vez para Kailua-Kona, na Big Island do Havaí. Mais uma vez também, a intenção era aproveitar a presença das baleias jubarte na costa para vê-las (e quem sabe um mergulho com as outras espécies que passam por aquela costa). Um divertido whale watching, ora pois. De dezembro a final de março, essa é uma das maiores atrações do Havaí, especialmente ali no mar de Kailua-Kona. Afinal, é quando a costa das ilhas está cheia delas, dando saltos, nadadeiradas e rabadas na superfície. Sinalizando enfim que a época reprodutiva está a todo vapor.
Acontece que temos lá em Kona um casal de amigos japoneses. Eles têm um barquinho, com o qual vamos para o mar sem hora definida pra voltar. Quando queremos, paramos, mergulhamos, snorkelamos… Ao som de um iPod entupido de rock’n roll. É uma ótima sensação de liberdade em meio à imensidão azul.
Passeio de barco em Kailua-Kona
Em geral, a rotina de uma saída de barco no mar de Kailua-Kona para a gente é: chega no píer, compra gelo, comida e água, põe combustível, leva o barco para a rampa, desamarra os nós e sai pro mar. Ficamos o dia inteiro, pulando de ponto em ponto, até o sol se pôr, quando finalmente voltamos pro píer, cansados e em geral satisfeitos. Não são raros, entretanto, os dias em que não vemos nada, ou porque o mar está agitado (o que nos impede de ir longe) ou porque a vida selvagem não apareceu. Ela, afinal, é quem dita as regras no ambiente dela, não você.
Neste fim de semana, entretanto, a aventura começou diferente.
Blitz no Havaí
Cerca de uma hora depois de termos deixado o píer, avistamos um bote inflável com 4 pessoas vindo a toda velocidade em nossa direção – haviam partido de um naviozinho. Não atentamos para quem fossem até que chegassem bem perto: era a guarda costeira americana. Como a polícia rodoviária das estradas, pararam o barco para uma blitz.
Eu, que sou viciada em CSIs da vida, fantasiei logo na cabeça uma cena com os guardinhas sacando suas armas, mandando em tom bem autoritário ficarmos de um lado do barco enquanto abririam todos os compartimentos possíveis e imagináveis para ver se tínhamos alguma “muamba”. Estava preparada para ver a cara de decepcionados deles ao constatar que nem cerveja a bordo tínhamos: só água e refrigerante. A cena hollywodiana obviamente não aconteceu.
Aliás, foi o contrário: os guardas eram super-camaradas, tinham um tom de voz manso e pediam com a maior gentileza para ver salva-vidas, sinalizador, documentos, etc., se desculpando do “incômodo”. Uma blitz bem monótona, ora pois.
Mergulho no mar de Kailua-Kona
Fomos então rumo a um ponto a algumas milhas da costa, onde geralmente paramos. Ali, se o mar está tranquilo (e esteve durante o fim de semana todo), a gente cai na água e faz um mergulho. Se refresca e se diverte. Eis que estamos neste ponto e surge então uma baleia (!!!), bastante amistosa. Veio até nosso barco e… Ficou. De início, o susto; depois, as máquinas que não paravam de fotografar. Pelo tamanho, parecia uma baleia jovem. Incrível.
Assim como veio, a baleia foi embora: de repente.
Decidimos continuar nossa excursão pela costa norte de Kona, que é diferente de todo o resto do Havaí. Ali, os campos de lava estão encobertos por um tapete verde. Fomos até a pontinha norte da Big Island, já na beira do perigosíssimo canal que separa a ilha de Maui. Um visual lindíssimo, repleto de baleias que pulavam pela costa com seus filhotes a tiracolo. Mas nada de mergulho ali, porque a corrente é absurda.
Arraias, tubarões e afins
Aí, do barco, avistei uma arraia jamanta. Paramos para fotografar.
A arraia estava aparentemente se alimentando: filtrando o plâncton. Ficou um tempo com a gente, até que se cansou de posar para foto e foi embora. E assim o dia passou, entre um animal, uma onda e outro evento, com o Mauna Kea encoberto de neve a nos mesmerizar de longe. Voltamos pro píer.
No dia seguinte, poucos minutos depois da saída, avistei de longe uma barbatana. Quando chegamos perto com o barco, lá estava: um tubarão-martelo solitário. Em poucos segundos, mergulho dos fotógrafos. O animal era curioso mas arredio. Lindo, como todo tubarão-martelo é. A manhã começara bem.
Ao nos aproximarmos de uma baía na região de Mahukona, do nada apareceram um grupo de golfinhos rotadores. Geralmente, os machos do grupo são os que se aprochegam dos barcos, rodopiando: é uma estratégia para proteger as fêmeas e seus filhotes, que em geral estão bem distantes dali. Os golfinhos estavam agitados, e nos seguiram por um bom trecho.
Balões!
Voltamos pro alto-mar. Surge então o toque dalínesco do fim de semana: de longe, umas coisas coloridas na superfície. Chegando perto, não contivemos o riso: um monte de balões de festa de aniversário, amarrados, vagando pelo mar sem fim. Lixo perdido de alguma festa da costa, já estava a alguns quilômetros de distância rumo ao Pacífico sul. Tiramos do mar e levamos pra casa. As bexigas eram ironicamente a conclusão do óbvio: o mar de Kona é sempre uma festa marinha, cheia de vida e momentos inesquecíveis.
Tudo de bom sempre.
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P.S.
- Curiosidade: a antiga foto de golfinhos que aparecia no banner antigo do blog foi tirada em Kona.
- Ontem, uma das grandes notícias da blogosfera neste mês: Ricardo Freire agora tem casa própria. É a volta triunfal dos comentários plenos pela tripulação/comunidade mais viajante do Brasil. Longa vida ao blog do gentilíssimo comandante Riq!