Eu sei: o título deste post-roteiro é praticamente uma heresia, que o Vaticano reprovaria. Afinal, Roma, a “Cidade Eterna”, merece ser visitada com calma. Melhor: visitada por uma vida. É destas cidades para revisitar, reencontrar, re-amar. Roma é realmente uma eternidade.

Entretanto, nem sempre temos condições de visitar Roma e ficar “eternamente”. O mais indicado é que separemos alguns dias para conhecê-la. Então se você é como nós, e infelizmente (e põe infelizmente nisso…) só tem dois dias para usufruir desta cidade marcante, este roteiro é para você.
Tenha claro que jamais este tempo será suficiente para tudo. Afinal, emum roteiro de dois dias você mal pincelará as principais atrações, quiçá se aprofundar. Portanto, selecionar é a palavra-chave na elaboração de um roteiro tão curto em uma cidade tão vasta. Ou parafraseando o poetinha, sua visita será infinita (e eterna) enquanto dure.
Este foi o roteiro que nós, quatro adultos, fizemos em março de 2019. Está testado e aprovado. Eis como foram portanto nossos dois dias em Roma.
Planejamento
O objetivo do nosso roteiro era conhecer o basicão do basicão de Roma em poucos dias. Éramos quatro adultos, sendo que só eu já havia ido a Roma anteriormente. Portanto, era fundamental ticar da lista as atrações mais importantes da cidade. Não me importava em rever os pontos importantes da cidade.

Com apenas dois dias, decidimos dividir a viagem assim:
- um dia dedicado aos monumentos histórico-arquitetônicos (Coliseu, Fontana Di Trevi, etc.);
- um dia dedicado ao Vaticano (Museu e Basílica de São Pedro).
Este foco se provou muito vencedor. Ao final, saímos da cidade com a sensação de que vimos o mais importante.
Importante também notar que nossos dias na cidade eram um domingo e uma segunda-feira. O Museu do Vaticano não abre aos domingos, portanto isto já obrigatoriamente nos fez dedicar a segunda-feira ao Vaticano.
Melhor época
Nossos dias em Roma calharam exatamente na última semana de inverno – ou seja, a poucos dias da primavera. Em meados de março, a maior vantagem foi a cidade não estar super-lotada. Das atrações principais em nosso roteiro, apenas a Fontana Di Trevi e a missa do Papa estavam com muita muita muita gente. Nos outros pontos, achei a quantidade de pessoas bem razoável.

Outra vantagem desta época foram as flores. Como era perto da primavera, as árvores nas ruas já começavam a dar os primeiros sinais de florir. O que tornou a cidade ainda mais romântica e eterna… [suspiros]
Por último, a vantagem do clima. Em março, não fez nem calor nem frio insuportáveis. A temperatura amena é perfeita para andar bastante sem incômodo de suor excessivo ou frio aterrorizante. Uma jaquetinha simples e um cachecol foram mais que suficientes para que eu me sentisse confortável.
Hospedagem

Roma é uma cidade volumosa, com centenas de opções de estadia. Minha sugestão em cidades assim é sempre ficar ou perto de uma estação de metrô ou perto de uma atração que você queira muito conhecer.
Com apenas dois dias e de acordo com o que queríamos ver, decidimos nos hospedar perto do Vaticano. Há diversos hotéis naquelas redondezas, mas como éramos em quatro, decidimos alugar um apartamento. O apartamento escolhido no AirBnb foi sensacional. Muito limpo, aconchegante e bem localizado, a um quarteirão da entrada do Museu do Vaticano. Recomendo demais a região.
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Como se locomover em Roma
Em Roma, como os romanos: ande à pé. Ou alugue uma bicicleta.
Acima de tudo, esqueça o carro. O trânsito em Roma é bem caótico. Além disso, várias áreas do centro têm circulação restrita a moradores. Estacionar é complicado. Portanto, o melhor é explorar a cidade de outra forma.
Roma tem um metrô limitado, mas que leva a boa parte das atrações. Nossa hospedagem era perto da estação Ottaviano, na linha vermelha do metrô. Compramos um passe diário (7 euros) para uso por 24 horas. Isto facilitou o deslocamento no dia de visitar as atrações históricas. Afinal, a maior parte das principais atrações está a pequena distância de uma estação de metrô.
E, ficando perto do Museu do Vaticano, privilegiamos o deslocamento à pé pela região no dia da visita à Cidade do Vaticano.
Dia Zero – Chegada em Roma
Chegamos no aeroporto de Roma num sábado à noitinha. O aeroporto Leonardo Da Vinci fica na realidade em Fiumicino, cidade próxima à Roma. É possível ir do aeroporto até Roma de trem metropolitano. Entretanto, nós íamos alugar um carro para as férias pelo resto da Itália, então terminamos dirigindo neste traslado até a cidade. (Mas praticamente não usamos o carro em Roma.)
Assim que nos assentamos no apartamento alugado, fomos atrás de um restaurante para jantar. Ainda cansados da longa viagem de avião, terminamos no Dei Musei, uma pizzaria familiar bem animada na mesma rua onde estávamos hospedados. Nossa primeira pizza em Roma foi memorável, massa fina perfeita. Nossa viagem a Roma começara com o pé direito.
Roteiro Dia 1 – Monumentos históricos e arquitetônicos de Roma
Depois de um café rápido no apartamento, saímos cedo para começarmos nossos passeios. O domingo seria longo. Em suma, o percurso que (mais ou menos) fizemos está descrito abaixo.
Primeira parada: Coliseu e Foro Romano
Pegamos o metrô na estação Ottaviano e fomos até a estação Colosseo (Coliseu), nossa primeira parada. A saída desta estação é super-impactante, principalmente para os que nunca visitaram a cidade antes. Porque de repente você sai do buraco do metrô e já dá de cara com o Coliseu, esta maravilha da história antiga.

O Coliseu foi construído entre 72 e 80 A.C. É o anfiteatro clássico por excelência, onde gladiadores enfrentavam animais selvagens e lutas mortais aconteciam, para diversão do povo da época. O fato do Coliseu estar ainda de pé, mesmo depois de terremotos e outros desastres, é um atestado à solidez de sua construção em idos tempos. A sensação de volta ao passado é imediata quando o vemos.
Para visitar por dentro o Coliseu, é extremamente indicado que você compre os ingressos online com antecedência. Isto porque a fila é quilométrica, sempre. Com nosso pouco tempo, decidimos apenas andar por sua circunferência. O que já valeu muito a pena.

Do Coliseu, nos direcionamos ao Arco de Constantino, de onde pegamos a Via Sacra até o fim. A rua é pacata e deu pra dar uma respirada tranquila na cidade. Voltamos pela mesma Via Sacra até a Via Dei Fori Imperiali, circundando o Foro Romano. Por coincidência, quando estávamos na Via Dei Fori Imperiali, vários caças cruzaram o céu soltando fumaça nas cores da bandeira da Itália. Porque era final de semana da comemoração do aniversário da Unificação Italiana. Muito bacana.

Domingo na Via Dei Fori Imperiali
Se mais tempo tivéssemos em nosso roteiro, a visita ao parque onde estão as ruínas do Foro Romano seria um must. Afinal, foi ali que nasceu o estilo de justiça e governância que progrediu para o que temos hoje em nossas sociedades democráticas. Com apenas um dia, demos aquela pincelada apenas, vendo todo o complexo histórico por fora. O que nem de longe é o mais ideal, mas…
Imagino que no verão, quando Roma recebe sua capacidade máxima de turistas, a Via Dei Fori Imperiali deve ser um burburinho só. Entretanto em pleno domingo de março estava bem agradável, cheia mas não abarrotada. Vários artistas de rua se apresentavam. Particularmente um chamou minha atenção (e das crianças ao redor), que fazia malabarismos com bolinhas de sabão. Voltei por alguns minutos à infância seguindo a leveza das bolinhas.
Ir a Roma e ver o Papa
Diz o ditado que, se vamos a Roma, precisamos ver o Papa. E o Papa aparece nos domingos ao meio-dia na sacada de um dos prédios do Museu do Vaticano para recitar o Angelus, que é uma oração semanal da igreja católica.
Como era domingo, decidimos de última hora pegar o metrô do Coliseu de volta até a estação Ottaviano, e encarar a multidão na Praça de São Pedro. Para cumprir o ditado. 😀

No final das contas, apesar da correria, deu tudo certo. Chegamos à Praça de São Pedro 5 minutos antes de começar o Angelus. E vimos o Papa saudar em italiano a multidão que se aglomerava com uma reflexão que incluiu menções aos atentados na Nova Zelândia. Para mim, um passeio antropológico fascinante.
O evento do Angelus é gratuito. O único senão é com a segurança, que é bem rigorosa. Há revista de bolsas e mochilas por todas as entradas que levam à Praça. Nós chegamos por uma entrada lateral onde a polícia não mais deixava ninguém entrar na Praça. Então tivemos que dar uma volta até outro ponto de entrada, onde ainda havia possibilidade de chegar à Praça.
Depois do Angelus, a fome apertou e almoçamos no restaurante pega-turista Il Papalino, nas redondezas do Vaticano. Estava tranquilo, apesar da multidão há poucos quarteirões. Ali, tive meu primeiro pappardelle al sugo di cinghiale da viagem – estava uma delícia.
Nos arredores da Piazza Barberini

Depois do almoço, seguimos de volta ao metrô Ottaviano até a estação Barberini. Ali, começaríamos nossa caminhada pelas principais atrações de Roma. A praça em si estava super-animada, com uma bandinha de rock tocando músicas dos anos 80 para um público cativo.
No centro da Piazza Barberini, a escultura da “Fontana Del Tritone”, obra de Bernini encomendada pelo Papa Barberini em 1642, é a grande atração. Bernini tem diversas esculturas pela cidade, e achei esta uma das mais interessantes.
Entre a multidão na Fontana de Trevi
Da Piazza Barberini, seguimos pela Via Del Tritone até a famosa Fontana Di Trevi. Já há alguns quarteirões antes da mesma, começamos a perceber a multidão que se direcionava ao mesmo ponto. Isto porque a Fontana Di Trevi é talvez, depois do Coliseu, do Foro Romano e do Vaticano, a atração mais visitada de Roma.
Tornada famosa no filme La Dolce Vita de Fellini, numa cena icônica noturna com Marcello Mastroianni e Anita Ekberg, a fonte é uma obra-prima do arquiteto e escultor Nichola Salvi e terminada em 1751 pelo artista Pannini. Está localizada no entroncamento onde os aquedutos romanos terminavam.

A Fontana di Trevi é simplesmente lindíssima. Estar em frente a ela é inexplicável – uma destas obras de arte que realmente fazem a gente se maravilhar. Entretanto, sofre hoje com o overtourism. No dia em que estivemos lá, mal dava para andar ao redor, de tanta gente. E com isso, ocorrem abusos. Presenciamos, por exemplo, um turista que começou a subir na fonte para tirar fotografia – ação imediatamente repreendida por um dos muitos seguranças que ficam por ali.
Uma surpresa em nosso roteiro

Nossa ideia era andar da Fontana di Trevi até o Panteão, que é uma caminhada de uns 15 minutinhos vagarosos. Entretanto, a caminhada ficou bem mais longa quando, no meio do caminho nos deparamos com uma praça onde estava a Coluna de Marco Aurélio. Esta Coluna de mármore Carrara é toda esculpida com a história das guerras em que o imperador romano Marco Aurélio participou. De estilo dórico, fica no centro da praça Colonna, onde estão os gabinetes do governo federal italiano. É lindíssima, e com certeza merece a parada para admirá-la.
No Panteão

Quando chegamos ao Panteão, uma pequena multidão se aglomerava para visitá-lo. Entretanto, o esquema de fila funcionava, e foi super-rápido entrarmos neste prédio histórico. Da primeira vez que fui à Roma, lembro de ter me impressionado demais com a arquitetura do Panteão. Então fiz questão de inclui-lo neste roteiro para os “novatos” do nosso grupo.
Eles também se admiraram. Afinal, a estrutura deste templo romano é intrigante, com seu círculo central a céu aberto. A obra foi comissionada pelo rei Augusto antes de Cristo, mas não se sabe a data ao certo em que foi terminada. Possui exemplos clássicos de colunas coríntias, um estilo romano arquitetônico que favorece a simetria máxima.

Dentro da rotunda do Panteão, fica o túmulo de Vittorio Emanuele II, o primeiro rei da Itália Unificada do século XIX. Como era fim de semana de celebração exatamente desta Unificação, o memorial estava coberto de coroas de flores e mementos homenageando este herói italiano.
Belissima Piazza Navona

A poucos quarteirões do Panteão fica a Piazza Navona, nosso próximo destino do roteiro à pé. Nesta praça, além da embaixada brasileira, brilham as três fontes, duas delas com esculturas de Bernini: a Fontana Del Moro, a Fontana dei Quattro Fiumi e a Fontana de Netuno. Destas três, a que mais me maravilhou foi a Fontana de Netuno, que foi esculpida por Gregorio Zappala e Antonio Della Bitta. A Fonte de Netuno tem temática oceânica, cheia de monstros e/ou animais do mar com quem Netuno guerreia. Os detalhes das esculturas são absolutamente geniais.

A Piazza também é ideal para people watch. Observar as pessoas num dia gostoso de primavera andando, tomando sorvete e conversando descontraidamente enquanto se admira a arquitetura e as esculturas escandalosamente lindas ao redor… É afinal um passatempo que você pode aproveitar, nem que seja rapidinho, para enaltecer o fato de que você está na Belissima Roma.
Na escadaria da Piazza di Spagna

Já era de tardinha quando, após 20 minutinhos de caminhada, chegamos à Piazza di Spagna, última parada antes do nosso primeiro dia de caminhada por Roma. A vibe deste lugar é uma delícia, e com a luminosidade do fim da tarde fica mais romântica e incrível ainda. A praça estava cheia, mas ainda assim agradável.
Este é um excelente e tradicional ponto de encontro de todos em Roma, principalmente em sua famosa escadaria. Ali, por sua vez, a arte do people watch e da dolce vita convergem, para propiciar estes momentos simples de viagem que podem se tornar inesquecíveis.

Na base da escadaria Espanhola fica a Fontana della Barcaccia, outra obra famosa do escultor Bernini. Esta, entretanto, esculpida com a ajuda de seu pai, também escultor. Ao topo da escadaria, o prédio imponente da Igreja Trinitá dei Monti em cores douradas mornas parecia uma escultura em si.
Mais macarrão italiano
Nosso dia de roteiro terminava ali, mas não antes sem um jantar tradicional romano. Não muito distante da Piazza di Spagna, fui “pescada” pelo restaurante pega-turista Fiaschetteria Beltramme porque a-m-e-i ver o mestre-cuca fazendo massa de macarrão fresca na calçada. E que estava, por sinal, maravilhosa. Comi um linguine pesto, afinal, de dar água na boca. Aquele momento tão italiano-pra-turista-ver foi, apesar de chavão, a coroação perfeita para um ótimo dia de caminhada pela cidade eterna.

Roteiro Dia 2 – Vaticano
Nosso segundo dia no roteiro de viagem era uma segunda-feira, e o plano é que fosse inteiramente dedicado à visita ao Vaticano. Estávamos hospedados literalmente a um quarteirão da entrada do Museu do Vaticano, portanto fomos à pé até lá.

A fila de entrada no Museu do Vaticano estava gigantesca. Felizmente, eu havia comprado o ingresso online com antecedência – um must de qualquer viagem a Roma mais agilizatória. Foi uma ótima pedida: enquanto a fila de compra de ingresso pro Museu dava voltas no quarteirão, a fila dos que já haviam comprado online estava minúscula. Nós praticamente entramos direto no Museu, desta forma.
Dentro do Museu do Vaticano, em estado de contemplação
O Museu do Vaticano é enorme. Sua principal atração é a Capela Sistina – que é praticamente a última parada do ingresso mais simples disponível. Entretanto, até chegarmos na Capela, você é presenteado com uma infinidade de obras artísticas de valor inestimável que a Igreja Católica coletou ao longo dos seus séculos de existências.

O teto do corredor principal é um capítulo à parte, completamente decorado pelos artistas mais importantes da época. Entretanto, nada me deixou mais impressionada que a sala dos mapas. Adoro mapas desde sempre, e os que ali estão em exibição são raridades incríveis. Além disso, a sala com os instrumentos antigos de navegação e os globos terrestres também inspira muito esta alma viajante.
Capela Sistina, o teto mais famoso do mundo
Não sei se a Capela Sistina tem realmente o teto mais famoso do mundo. Entretanto, por sua importância artística e histórica, por seu valor inestimável e sua grandeza religiosa intensa, deve constar pelo menos nos top 5.
Pintado por Michelangelo, este teto é uma das grandes obras-primas da humanidade. Junto com a obra “O Último Julgamento” que está no altar da Capela, é considerado o ápice da carreira deste que foi um verdadeiro influencer artístico multi-funcional do século XVI. O destaque da pintura no teto, chamada “A Criação de Adão“, mostra a famosa cena em que o dedo de Adão e de Deus quase se tocam, reproduzida milhares de vezes por aí.
A Capela Sistina está localizada dentro do Palácio Apostólico onde mora o Papa. Dentro dela, é proibido fotografar, e 90% das pessoas que visitavam quando lá estávamos respeitavam esta regra (felizmente). Por sinal, você pode vê-la online quando quiser neste link. É um lugar de contemplação silenciosa, de respeito religioso para absorver toda a sua grandiosidade. Vale cada segundo que você passa dentro dela.
Na Basílica de São Pedro
Depois de visitado o Museu do Vaticano, nos direcionamos para a outra grande atração da Cidade do Vaticano: a Basílica de São Pedro. Esta igreja gigantesca, que já foi o maior prédio religioso do mundo, é onde se acredita no catolicismo que está enterrado o apóstolo São Pedro.
Outra obra fundamental para ser admirada dentro da Basílica é a escultura Pietá, de Michelangelo. protegida por uma redoma de vidro, ela parece viva, de tão realista e incrivelmente esculpida. Para mim, é na frente da Pietá queadquirimos a verdadeira noção do quão gênio artístico era Michelangelo.
A Basílica, além de local religioso, é também uma obra-prima da engenharia. Sua abóbada e seus domos têm um pé-direito altíssimo, nos remetendo à sensação diminuta de sermos mais uma ovelha no rebanho da igreja, imponente e poderosa. Para mim, é sempre um passeio fascinante quando esta sensação se consolida.
No Telhado da Basílica de São Pedro
Por 8 euros, você pode subir até o telhado da Basílica de São Pedro. Lá de cima, depois de encarar uma claustrofóbica escadaria, você tem uma das vistas cênicas mais incríveis de Roma. O cenário foca na Praça de São Pedro, área central da Cidade do Vaticano. Só pela vista, já vale muito a pena.

Mas aí você descobre lá em cima mais detalhes arquitetônicos dos outros domos que nos escapam quando apenas vemos de baixo o domo. Estas possibilidades adicionam um gosto especial à visita à Basílica. Eu diria que subir no telhado se torna fundamental, principalmente pros que curtem arquitetura romana.

Além disso, lá de cima, dá pra se ter noção da enormidade que é o Museu do Vaticano, e espiar nos prédios oficiais do Vaticano, o menor país do mundo… 😀
Almoço no Trastevere
Da Basílica de São Pedro, decidimos pegar nosso carro para almoçar no Trastevere. Isto porque usar o transporte público neste caso poderia nos fazer demorar muito – e com dois dias apenas, queríamos agilização.
Este bairro é considerado um dos mais agradáveis e tradicionais para se caminhar em Roma. Cheio de vielas e esquinas encantadoras, com uma arquitetura típica apaixonante, o Trastevere serviu como nossa parada de almoço.
Há várias opções excelentes de almoço no Trastevere. Por já ser quase 14h, entramos no que nos parecia ainda estar aberto e aconchegante, o Tonnarello. A carta de vinhos deles foi o destaque.

Passamos então o resto da tarde absorvendo um pouco do ar provinciano e romântico das ruas do Trastevere. Fundamental quando em Roma reservar um tempo para observar a vida romana cotidiana que aqui transpira.
Por-do-sol Memorial da Constituição Romana
Do Trastevere, decidimos que nosso último pôr-do-sol em Roma deveria ser em um ponto cênico “do alto”, onde pudéssemos admirar a Cidade Eterna pela última vez (até a próxima, pelo menos). Como não estávamos tão longe do Janiculum, resolvemos arriscar este local. Ali, fica o Memorial da Constituição Romana.
Neste Memorial, um mural enorme com artigos da Constituição da cidade estão gravados em pedra, formando uma mureta. Debruçar-se nesta mureta é certeza de ver a cidade por uma perspectiva diferente. Ao entardecer, de cima deste morro o sol colore de dourado toda a cidade. É inesquecível, e ótima chave de ouro para uma visita corrida, mas não menos amada à cidade incrível que é Roma.
E este foi nosso roteiro para dois dias em Roma. Curtos, corridos, mas ainda assim, encantadores. Espero que este roteiro seja útil para quem, como a gente, também não tem muitos dias na Cidade Eterna.
Tudo de bom sempre.
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