Antes de mais nada, preciso dizer que fiquei muito emocionada com tantos recados amáveis recebidos no último post. Em geral, tento responder individualmente os recados deixados aqui, mas dessa vez, acho desnecessário. A todos, eu diria as mesmas palavras: muito obrigada por viajarem comigo nessa que foi uma das experiências pessoais mais profundas que vivi. Saber que tantas pessoas se emocionaram também foi indescritível, inenarrável. Sinceramente, me faltam palavras para agradecer a todos os recados emocionantes, muitos de amigos antigos de vários carnavais – aliás, a notícia do casamento, ao se espalhar pelos pseudópodos virtuais, me recompensou graciosamente com notícias de pessoas queridas da época de faculdade e colégio que até então pareciam perdidas para sempre. E que delícia é reencontrar – mesmo que virtualmente – amigos!
Mas agora preciso voltar a realidade. Não só no trabalho, em casa, mas também com o meu microcosmo internético que tanto prezo e carinhosamente cuido. Esse é um blog de viagens (reais, virtuais e na maionese) e é preciso anotar a última viagem feita ao Havaí. Apesar de ter sido minha lua-de-mel – o que acarreta um quê de privacidade a ser mantido -, alguns dos lugares visitados merecem ser descritos e compartilhados. Lugares únicos – como todos o são, aliás.
E de todos os lugares que visitei, o mais fantástico de todos, o que me deixou mais boquiaberta e sem palavras perante sua majestade, foi a Na Pali Coast, na própria ilha de Kaua’i. A Na Pali é um conjunto de penhascos e despenhadeiros com vales bem estreitos que terminam de forma abrupta à beira-mar. É considerado o segundo conjunto de penhascos mais alto do mundo (cerca de 1,000m) – o primeiro está em Moloka’i, outra ilha do arquipélago havaiano. A Na Pali é inacessível por carro – chega-se ao máximo até uma de suas pontas, a praia de Ke’e ou no outro extremo, o vale de Kalalau. No meio, se feito em linha reta, um trecho de 18 km de pura magia, visíveis apenas à pé, de barco pelo mar ou de helicóptero. Vi a Na Pali de 2 formas: por dentro, numa caminhada extenuante em trilha sobe-e-desce à beira do penhasco; e de cima, num vôo de helicóptero. Confesso que de cima ela é mais impactante, majestosa e cheia de mistérios e recantos, mas em ambas as visitas a sensação é a mesma: não há palavras para tanta beleza. Nós somos um nada perante a natureza.
Com vocês, algumas fotos da Na Pali Coast, um dos lugares mais lindos e dramáticos do planeta.
Vista do vale de Kalalau (é o mais próximo de carro que você consegue chegar do início da Na Pali) e abaixo, algumas das praias escondidas que o passeio de helicóptero revela. Compare o tamanho do barquinho passando próximo à praia com a paisagem…
Na Pali vista de dentro, pela trilha de Hanakapiai; abaixo, um dos vales inacessíveis com a sensação de “Lord of the rings”. Só falta sair um hobbit de trás…
Outro momento do Kalalau e abaixo, uma das reentrâncias com cachoeiras e cavernas da Na Pali.
Visões mágicas da Na Pali…
Tudo de bom sempre.