por:
Lucia Malla
Antigos, Ecologia & meio ambiente, Mudanças climáticas, Política
Publicado
12/10/2007
Acabei de receber a feliz notícia de que Al Gore e o Painel da ONU para Mudanças Climáticas (responsável pelos famosos relatórios do IPCC) venceram o Prêmio Nobel da Paz. Por seus trabalhos de conscientização das mudanças climáticas, afinal. Fico feliz.
Porque por mais que as pessoas acusem ambos de politicagem e afins, por mais que existam deslizes no assunto (e a comunidade científica vem trabalhando arduamente para diminuir esses deslizes cada vez mais e colocar tudo às claras), o reconhecimento vindo da Noruega solidifica um pouco mais o pensamento geral e preocupante de que as mudanças climáticas são uma realidade. E que não é um delírio politiqueiro. Também nesse ínterim joga um balde de água fria em políticos como Sr. Arbusto e países como a China, que insistem em ignorar o problema como se ele não existisse. Sim, ele existe todavia. E todos precisam acordar para isso, parece dizer a Academia.
Nas palavras da Academia publicadas no NYTimes
“Mr. Gore is probably the single individual who has done most to create greater worldwide understanding of the measures that need to be adopted,” the Nobel citation said. The United Nations committee, a network of 2,000 scientists, has produced two decades of scientific reports that have “created an ever-broader informed consensus about the connection between human activities and global warming,” the citation said.”
Esse foi o ano em que meu blog iniciou ressaltando que 2007 seria o “ano constatação da inconveniente verdade” que vivemos. Depois da percepção que os nomes responsáveis pela decisão do Nobel da Paz também acharam isso (e só vivendo em Saturno para achar que não), só resta por fim dizer…
Parabéns, Al Gore. Parabéns, IPCC.
Que essa honraria seja reforçada com mais divulgação. Com mais reconhecimento público dos problemas climáticos que enfrentamos. Principalmente, que isso se traduza em incentivo para realização de projetos. Projetos estes que tornem nosso mundo mais habitável, menos degradante e mais digno para as próximas gerações.
Tudo de bom sempre aos vencedores de 2007 do Prêmio Nobel da Paz.
(E, da mesma forma, feliz dia das crianças aos futuros habitantes desse planetinha tão carente de cuidado e atenção!)