Hoje é o dia da Terra. E nós, do blog Faça a sua parte, estamos coordenando uma blogagem coletiva sobre essa data, que é considerada sem dúvida uma das mais importantes do calendário ambientalista. Neste mesmo mês, coincidentemente, o blog Roda de Ciência decidiu discutir sobre o papel do cientista nas decisões éticas da sociedade. E aproveito então a dupla oportunidade surgida para compartilhar algumas reflexões randômicas minhas, relacionadas à ética ambiental, neste dia da Terra.
O conceito mais simples que achei de Ética é:
“Um ramo da filosofia que estuda os valores e costumes de uma pessoa ou grupo, incluindo a análise de conceitos como bom e ruim, certo e errado e de moral e responsabilidade.”
É um conceito amplo e termina sendo utilizado em outros contextos por diversas áreas do conhecimento que lidam minimamente com responsabilidade e moral. Há, portanto, a ética dos negócios, a ética científica, a ética social, a bioética, e por aí vai. Todos englobam a postura humana perante os demais e/ou o ambiente intelectual ao redor.
Ultimamente, entretanto, é o conceito de ética ambiental que vem martelando na minha cabeça. Na definição mais abrangente possível, ética ambiental é “a parte da filosofia que aborda as questões éticas entre humanos e o ambiente natural que os circunda“. E é aí, com efeito, que meu cérebro começa a dar nó.
Porque se analisarmos com cuidado e ao pé da letra, percebe-se logo que os valores e costumes do grupo humano em relação ao ambiente natural ao redor (nosso querido planeta azul) vêm sendo de uma falta de responsabilidade absurda. Portanto, não-éticos. Poluímos, extinguimos espécies, aquecemos o planeta, sujamos os mares, nos importamos egoisticamente apenas com o conforto da nossa própria espécie. Tudo, aliás, em tamanho extra-large.
Só que, em contrapartida, o planeta não cresce em tamanho extra-large para acompanhar e aguentar toda a irresponsabilidade do Homo sapiens onipotente-onipresente-oniinconsciente. O planeta continua com o mesmo tamanho geográfico de quando foi formado há alguns bilhões de anos. Ou seja, recursos limitados e uma espécie que não quer nem pensar em ter limites soa, em contrapartida, como a receita perfeita para o fracasso. Que é o que estamos presenciando, sem dúvida, o início de um grande desastre ambiental.
Recentes pesquisas apontam para um crescimento de 1.5m do nível do mar até 2100 – e não os 59 cm imaginados antes. O mar já estará sem peixes até lá, graças à fome de muitos e ao lixo exagerado que jogamos nele. Calotas polares se partem perante os nossos olhos. Grupos inteiros ameaçados de desaparecer para sempre. E o que a maioria dos seres humanos que compartilham o planeta faz, aliás, para evitar tudo isso? NADA. Absolutamente nada.
Será essa uma atitude ética, no mais amplo sentido da palavra? Será que nossa noção humana do que é “certo” ou “errado” em relação ao ambiente é de cunho minimamente responsável?
A meu ver, a resposta é um sonoro “não”. Triste isso, inegavelmente.
Para (tentar) ter ética ambiental, é necessário primeiro que as pessoas entendam o que vem a ser “certo” e “errado” com o planeta para diminuir os danos já sofridos. E, nesse sentido, o único caminho plausível que vejo é o binômio educação/informação. São essas duas armas que podem inegavelmente mudar a atitude humana.
A base da educação e da informação, entretanto, deve ser projetada pelos que entendem um pouco mais do assunto: os cientistas, das mais diversas áreas envolvidas com problemas ambientais da atualidade. São eles que deveriam ter a responsabilidade moral de informar o público (ou pelo menos repassar de forma clara e pragmática) sobre a realidade que os dados vêm mostrando.
Principalmente, informar os políticos, para que eles sejam capazes de tomar decisões lúcidas sobre os problemas ambientais que surjam. Tanto público quanto políticos, por certo, têm a responsabilidade moral de se dispor a querer entender esses problemas. De tentar apaziguar e/ou encontrar soluções que não ponham em risco o equilíbrio populacional de outros indivíduos, seja de que espécie for. A partir dessas responsabilidades assumidas, podemos finalmente demonstrar um mínimo de ética ambiental.
Infelizmente não é isso que vemos. E, às vezes, a sensação que tenho é de caos total. Cientistas que parecem falar pras paredes, em linguagem ininteligível. Governos que não fazem a mínima questão de ouvir quem entende do assunto. Ou, quando ouvem, fingem tomar atitudes esdrúxulas. Pessoas leigas desorientadas, sem saber pra onde correr, nem que atitude tomar.
A ética ambiental requer uma postura mais “ativa” de todos no planeta. Não adianta só uma meia dúzia de gatos pingados se dispôr a reciclar. Porque o planeta Terra já está quase atingindo o chamado tipping point. Ou seja, um ponto em que será impossível controlar a reversão da situação ambiental para os níveis adequados à sobrevivência confortável nossa e de tantas outras espécies. É preciso uma mobilização em massa para reverter esse quadro. Com um investimento relevante em educação e informação sobre ambiente e uma tomada de atitude ontem, em síntese.
Só assim poderemos nos vangloriar de sermos ambientalmente éticos. Deixaremos, enfim, um planeta decente para as futuras gerações viverem.
Pela ética sempre. De todos e para todos, por fim.
Ana Cláudia Bessa (O futuro do presente)
André Marmota (Marmota mais dos mesmos)
Andréa N. (Brazil Nut e In other worlds)
Andréa Poça (Dicas de ciências)
Branco Leone (Um blog sem conteúdo)
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Carla do Brasil (Recanto da deusa doméstica)
Cidão (Chronicles & Tales unlimited)
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Cristiana Passinato (Pesquisas de Química)
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Flávio Prada (Lixo tipo especial)
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Madalena Barranco (Letras de morango)
Maria Augusta (Le Jardin Ephémère)
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Ramos (Ramos Forest Environment)
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Maioridade: 18 Anos do blog Uma Malla pelo Mundo.
Começo 2021 no blog resenhando um dos livros que mais me marcou em 2020, "Slavery…
Quando pensamos em receitas para uma boa saúde e longevidade, geralmente incluímos boa dieta e…
Eis que chegamos à maioridade votante. 16 anos de blog. Muitas viagens, aventuras, reflexões e…
O ano de 2020 tem sido realmente intenso. Ou como bem disse a neozelandesa Jacinda…
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Lucia, a verdade é essa mesmo: falta de ética , de educação, de solidariedade e de humanidade. Somente com ações conscientes será possível(?) um mundo sustentável para nossos filhos e netos.
beijo,menina
A ética ambiental ainda é um conceito muito recente e no entanto deveria ser considerado tão importante quanto a moral. Esta diz que se deve respeitar os outros seres humanos e é só! Ninguém ensinou até agora que o maior respeito deve ser em relação ao planeta que nos abriga, pois dele tudo depende, inclusive nossa própria sobrevivência. Acho que isto pode mudar, só espero que tenhamos tempo para fazê-lo, pois como você disse o ponto de "não retorno" está próximo.
Parabéns pelo post.
Beijos.
A inclusão das questões ambientais no campo da Ética é mais um estímulo à união de todos em prol da preservação e cuidado com o meio ambiente. "Tudo" é importante, desde grandes ações governamentais até ao simples 'fechar as torneiras durante a escovação de dentes'. Façamos nossa parte.
pois é, Lucia, falta ética em tudo e ações. Vc está certa.
Vou colocar link pra cá, lá.
Bjs Laura
qro tempo, né? mas te leio de vez em qdo, teus posts são ótimos sempre.
Denise, educação é uma forma de ensinar a responsabilidade individual sobre o problema.
Maria Augusta, ultimamente começo a acreditar q não teremos tempo para tal mudança... a coisa está muito feia mesmo. O pior: as pessoas não acham que estão! Eu sempre fui muito otimista, mas nem todo otimismo do mundo consegue não ver o desastre q está acontecendo.
Dr. Cláudio, façamos TODOS a nossa parte. :)
Laura, tbm te leio ainda. Via feed, mas leio. :)
Beijos a todos.
Gostei muito do texto, principalmente quando fala da ética ambiental. O curioso é que a palavra "responsabilidade" sai tão facilmente da boca dos governantes - aqueles que decidem - e tão pouco do papel.
Abraços
:)
Ai, eu queria participar mas não deu...mas tô aqui me deliciando no seu post, no do Allan e vou já, já nos outros blogs.
Tô enroladíssima aqui e como se não bastasse, ainda tive um problema no menisco e tô de molho em casa, com a perna imóvel.
Mas enfim...vamos que vamos.
Beijos e parabéns pela iniciativa da blogagem coletiva.
“Agricultura Familiar Uma NAÇÃO ÉTICA para o Povo Brasileiro”
Prezados Cidadãos Brasileiros,
Os Grandes Produtores Rurais da atualidade, em sua maioria, são Cheios de Vícios e por essa razão são “FREIOS” para o Desenvolvimento SOCIAL Econômico do Brasil, de FATO, SUSTENTÁVEL e por isso podemos contar apenas com alguns deles nas LUTAS NOBRES.
Os Produtores Rurais da Agricultura Familiar, como ainda não apresentam Vícios, são muito mais fáceis de entenderem o que é o Desenvolvimento SOCIAL Econômico do Brasil, de FATO, SUSTENTÁVEL, portanto podemos contar com a maioria deles em qualquer LUTA NOBRE.
A Equipe BR do AGUAPÉ , entre as suas LUTAS NOBRES, tem no Projeto Evolução do PAIS como Objetivo Principal: O Resgate da ÉTICA no BRASIL.
Podemos / devemos atuar em BUSCA dos Melhores RECURSOS que possam dar oportunidades aos Pequenos Produtores Rurais, visando sua EVOLUÇÃO para se transformar em Grande Produtores Rurais ÉTICO num menor prazo possível – isso poderá ser fundamental para O Resgate da ÉTICA no BRASIL.
Se VOCÊ acredita que podemos Resgatar a ÉTICA no BRASIL, procure se informar sobre a Mil Uma UTILIDADE do AGUAPÉ – pode ser até maior, mas depende da Boa Vontade da Sociedade Brasileira, em especial dos nossos Governantes Parlamentares, Pesquisadores, Fiscais Federais Agropecuários, entre outros.
NOTA: fica aberto o Seu Espaço para apresentação das suas manifestações (Comentários Sugestões) – elas serão sempre Bem Vindas e a Sociedade Brasileira em breve AGRADECERÁ por isso.
ALERTA: NÃO VOTE em POLÍTICOS NÃO-ÉTICOS que PROMETEM e NÃO CUMPREM.
Um Abraço Fraterno aos Interessados pelo AGUAPÉ,
MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química
missao.tanizaki@agricultura.gov.br (Com Problemas)
missao.tanizaki@gmail.com (NOVO)
Equipe BR do AGUAPÉ
TUDO POR UM BRASIL MUNDO MELHOR
Porque iniciar a sua Produção do AGUAPÉ ? ? ? ? ? ?
Prezados Cidadãos Brasileiros,
Apresento abaixo algumas DICAS para os Produtores Rurais do porque iniciar a sua Produção do AGUAPÉ:
Além de contribuir para a Preservação do Meio Ambiente, VOCÊ poderá ter uma Produção de 250 a 400 ton / ha / ano de AGUAPÉ, sem DESPESAS com Preparo do SOLO / ADUBAÇÃO / DEFENSIVOS, e pode fazer uso, muito rapidamente, sem maiores dificuldades - logo após 3 – 5 meses a partir do início da sua produção.
Veja abaixo como e onde aplicar o AGUAPÉ:
1) Adubo VERDE – o AGUAPÉ, pré-triturado ou não, pode ser distribuído diretamente no Solo Agrícola, visando Incorporação de Matéria Orgânica Minerais. Uma ADUBAÇÃO de Boa Qualidade que sai quase que a CUSTO ZERO.
2) Produção de Farelo do AGUAPÉ Adubo Líquido do Sumo do AGUAPÉ. Um Excelente Insumo para Produção Agropecuária (ORGÂNICOS) – Esses dois ISUMOS podem ser produzidos, também, quase que a CUSTO ZERO.
3) O AGUAPÉ, também, pode ser utilizado para Produção de BioFertilizante Biogás, também quase que a CUSTO ZERO – As Cooperativas Empresas que já utilizam BioDigestão de Dejetos podem ampliar sua Produção / LUCROS dos referidos Produtos, utilizando o AGUAPÉ que sai quase que a CUSTO ZERO.
4) O AGUAPÉ, também, pode ser utilizado sem grandes dificuldades por quem atua com Produção de Papel - Mercado Interno Externo. O AGUAPÉ é a Matéria Prima que sai quase que a CUSTO ZERO, apresentando Produtividade muitíssimo superior que as usuais alternativas – isso já é adotado na CHINA.
5) Para aqueles que atuam na Produção Industrial de Ingredientes / Alimentos Processados, podem, também, Produzir Farinha do AGUAPÉ que poderá se tornar num Importante Ingrediente para Melhorar a Dieta Alimentar visando o combate da Carência Mundial do TRIPTOFANO Outras Necessidades NUTRICIONAIS, com boas possibilidades de EXPORTAÇÃO – com custo da BIOMASSA quase que a CUSTO ZERO.
6) Existem Milhares de Aplicações para o AGUAPÉ – a Demais Aplicações só terá sentido depois que já tiverem sido Implementadas Milhares de Pequenas Barragens e nelas forem Implementadas a Produção do AGUAPÉ – muitas PESQUISAS já foram iniciadas precipitadamente e isso NÃO é BOM para o Desenvolvimento SOCIAL Econômico do Brasil, de FATO, SUSTENTÁVEL.
CUSTO: Custo da Implementação de uma Pequena Barragem, entre outros que requer para o Manejo, Colheita e Processamento.
LUCROS: com a Produção do AGUAPÉ VOCÊ pode ter sua Matéria Prima quase que a CUSTO ZERO – VOCÊ pode estimar facilmente os seus FABULOSOS LUCROS.
TENDÊNCIA: é favorável ao AGUAPÉ - Caso a População Mundial não parar de “CRESCER” a Produção Industrialização do AGUAPÉ vai ser MAIS que NESCESSÁRIO, pois as POLUIÇÕES tenderão à “CRESCER”, em Progressão Geométrica.
NOTA 01: devido aos Altos Níveis de POLUIÇÕES de inúmeras Bacias Hidrográficas requer definir as ÁREAS / REGIÕES que merecem CUIDADOS ESPECIAIS, pois podem apresentar CONTAMINAÇÕES PERIGOSAS (LETAIS) que torna PROIBITIVA a sua utilização DIRETA.
NOTA 02: muita SOLUÇÃO pode vir do Próprio Povo Brasileiro e por essa razão pedimos que avalie o que apresentamos e se julgar oportuno nos apresente as suas manifestações (Comentários Sugestões). – elas serão sempre Bem Vindas e a Sociedade Brasileira em breve AGRADECERÁ por isso.
ALERTA: NÃO VOTE em POLÍTICOS NÃO-ÉTICOS que PROMETEM e NÃO CUMPREM – Já sabe qual o CANDITADO / 2010 em que Deve VOTAR ? ? ? ? ? ?
Um Abraço Fraterno aos Interessados pelo AGUAPÉ,
MISSAO TANIZAKI
Servidor Público Federal
Bacharel em Química
missao.tanizaki@gmail.com
Equipe BR do AGUAPÉ
TUDO POR UM BRASIL MUNDO MELHOR