2008 é o Ano Internacional dos Recifes de Corais, e dentro desse ano, a blogosfera gringa decidiu fazer a partir de hoje a Semana dos Recifes de Corais. A idéia do evento é postar até o dia 03/maio apenas sobre esse ecossistema. E eu, como apaixonada da vida no mar, lógico que topei a brincadeira de imediato. Aproveito aqui para convidar quem quiser participar a também postar e/ou se informar e/ou discutir sobre os corais. A minha idéia é tentar ser uma semana de posts enfatizando mais aspectos positivos e curiosidades dos recifes de corais. Afinal, os problemas e mazelas eu já discuto bastante aqui no blog.
Mais de 1 milhão de espécies de seres vivos dependem dos recifes de corais para sua sobrevivência. Habitam neles e/ou reproduzem-se neles e/ou vistam-nos para alimentação, limpeza ou ambos. Se levarmos em consideração que não conhecemos todas as espécies do planeta principalmente nos mares e que o número estimado de espécies existentes seja entre 5 e 30 milhões (ou seja, a discrepância ainda é grande), podemos dizer que uma parte significativa dessas espécies depende de que recifes de corais estejam saudáveis para que sua vida não esteja ameaçada.
Para mim, além das questões ecossistêmicas gerais, é essa intrincada rede da vida que fascina. As interações existentes dentro de um recife de coral, entre recifes e a forma como os animais se adaptam à vida no substrato coralíneo são muito interessantes. Mas… basicamente o que é um recife de coral?
O coral é um animal do filo Cnidaria, classe Anthozoa cujo corpo é organizado como um pólipo, que é uma estrutura séssil em tubo de alguns milímetros de diâmetro com tentáculos. Cada pólipo interage comumente com algas zooxantelas, e essa relação simbiótica está no cerne da sobrevivência do coral: a alga faz fotossíntese e garante alimento ao coral, que por sua vez oferece proteção e substrato para a alga viver. Essa simbiose é que leva boa parte dos corais a preferir viver em zonas com bastante luminosidade do mar, há poucos metros de profundidade – há os corais de profundezas, mas esses não simbiotizam com zooxantelas.
Os corais são grosseiramente divididos em corais moles e corais duros. Os corais moles são da subclasse Octocorallia, e se parecem com plantinhas. Não colaboram na formação “rochosa” dos recifes e não dependem das zooxantelas para sobreviver. Os corais duros são chamados também de “corais verdadeiros” e pertencem à subclasse Hexacorallia. Dentro dessa subclasse, estão na ordem Scleractinia os corais que formam as estruturas recifais, e que são cerca de 1500 espécies.
Um exemplar de coral duro nas Filipinas.
Um exemplar de coral mole, também nas Filipinas.
O recife é formado pela estrutura de carbonato de cálcio secretada por um coral após sua morte. São necessários milhares de anos para um que uma grande barreira de quilômetros seja formada. Nesse sentido, portanto, os corais crescem até 4.5 cm por ano. Além disso, essa estrutura imensa serve de substrato para inúmeras outras formas de vida, que aproveitam da abundância alimentar por ali para se estabelecerem e viverem.
A vida, portanto, borbulha nos recifes de corais. Durante essa semana, espero mostrar um pouco desse lado emocionante do ecossistema que eu considero o mais lindo do nosso planetinha azul-da-cor-do-mar. Stay tuned.
Tudo de coral sempre.
Maioridade: 18 Anos do blog Uma Malla pelo Mundo.
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Que lindos!!
maranilhoso!
gostei muito...:)
by:isáah;]
eu adorei muito