“Foi nos bailes da vida ou num Mar em troca de pão…”
“Cantando me disfarço e não me canso de viver nem de cantar.”
(Milton Nascimento & Fernando Brant)
Peixes-palhaço (Amphiprion tricinctus) “cantam”.
Na realidade, fazem barulho ao soltar bolhas da boca, mas funciona como cantassem. É curioso, mas nessa espécie, todos os filhotes que vivem numa anêmona (no caso da foto, uma anêmona bulbosa) nascem machos. Quando a fêmea dominante morre, os machos começam a “cantoria” para ver quem é o mais forte. O peixe-palhaço que convencer mais “cantando” (a ciência não sabe ao certo como isso é “escolhido” entre eles).
Ou seja, o mais forte, se transformará em fêmea e dominará a anêmona até sua morte. Gerará mais filhotes e garantirá a segurança da perpetuação da espécie. Um comportamento natural fascinante e intrigante aos olhos dos biólogos. Na foto acima, dois deles não param de “cantar”, fazendo esse biquinho tão peculiar.
Se “Cantar é buscar o caminho que vai dar no sol” para Milton Nascimento e Fernando Brant, para o peixe-palhaço é o sentido da vida. E não são a mesma coisa, no final das contas?
Eles também vivem nos bailes da vida marinha, afinal.
Tudo de bom sempre.
P.S.
- Para ler outras Sextas Sub publicadas no blog, clique aqui.