Andar pelos tide pools da praia de Lone Ranch (ou em português, as piscinas de maré), na costa sul do estado do Oregon, é certeza de diversão para todas as idades. Para tal, aconselha-se um calçado com boa sola de borracha e cuidado ao pisar, pois você pode estar pisoteando vários animais miméticos à rocha sem perceber.

Lone Ranch é uma praia onde não é possível mergulhar de scuba na maior parte do ano. Afinal, o mar bravio, as correntes fortes e as ondas enormes batendo nas rochas pontiagudas não deixam. Entretanto, nesse lugar hostil floresceu uma biodiversidade especial, na linha de maré, formando piscinas de acordo com o ritmo do vai-e-vem.
O que ver nos tide pools de Lone Ranch
Nas piscinas de maré, você encontrará inúmeros invertebrados resistentes à força do mar. Estes animais se agarram fortemente ao seu substrato, exibem cores muito exóticas e compõem uma fauna peculiar.

Há estrelas-do-mar de diferentes espécies que sobrevivem indiferentes ao ambiente de alta energia onde as ondas batem. Há anêmonas coloridas, caranguejos, algas, ostras, ouriços, bolachas-da-praia e outros mariscos… Estão todos lá, para deleite do observador atento. Observador este que só não pode se empolgar com a fauna nas piscinas de menos de um metro e esquecer da tábua de marés.

Aliás, para visitar Lone Ranch é preciso prestar muita atenção à tábua de marés do dia. Você não verá nada se chegar durante a maré cheia, quando o mar violento cobre todas as piscinas e tudo vira um caldeirão de espuma e sedimentos (inclusive troncos enormes!). Afinal, os tide pools de Lone Ranch só aparecem na maré baixa. Para curti-las há um intervalo de algumas horas antes que elas desapareçam engolidas pelo mar – ou até o próximo horário de maré baixa. Quando a maré baixa chega de novo, as pessoas param para observar a fauna resistente que não se cansa do vai-e-vem das ondas do mar.
Como chegar em Lone Ranch
Lone Ranch fica na costa sul do Oregon. Acessível pela rodovia 101 também chamada de Oregon Coast Highway. Que, aliás, é uma estrada super-cênica. Portanto, merece ser feita com calma, aproveitando cada ponto de parada para admirar a paisagem do costão dramático. Com o mar do Pacífico ao fundo, fazendo o recorte perfeito para fotos lindas.
Tudo de bom sempre.
P.S.
- Este artigo foi escrito em 2007 para a revista Mergulho. Mas a revista acabou, e o artigo ficou engavetado. Portanto, deixo aqui para vocês. Houve na mesma época um post mais pessoal e detalhado no blog sobre as piscinas de maré do Oregon.