Ambiente cansado

por: Lucia Malla Animais, Antigos, Ecologia & meio ambiente

Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data que merece reflexão, principalmente no blog de uma bióloga com tendências ecocêntricas. Entretanto, a cientista que vos fala também é uma andarilha e chegou essa madrugada de uma viagem longa, cheia de atrasos em vôos, mais de 24h em avião e/ou aeroportos, com 8h de diferença de fuso horário entre o local inicial e o final, arrastando uma mala pesada que a alfândega (americana, japonesa ou coreana?) fez o “favor” de quebrar o carrinho, e está um bagaço de cansada, além de desorientada espaço-temporalmente – tenho bastante jet lag.

Para não passar a data que considero ecologicamente tão importante em branco, mesmo cansada, deixo esse conciso editorial do NYTimes sobre a entrada pela primeira vez de 2 espécies de coral no Endangered Species Act americano, e 2 fotos que considero falarem mais que muitas palavras escritas sobre o que andamos fazendo de errado por aí com um certo grupo de animais que particularmente me são muito queridos e que eu não vou cansar nunca de relembrar a todos da dizimação em massa que estamos praticamente assistindo de braços cruzados. Fotos que refletem o quanto o ambiente pode em breve estar tão exausto quanto a Lucia Malla nesse momento. Essas fotos me dóem fundo no coração, e eu já expliquei por quê.

Meio ambiente cansado

Tubarões sem barbatanas, retiradas para “alimentar” o status de restaurantes chineses do mundo inteiro.

Tudo de bom (espero que) sempre ao meio ambiente.

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P.S.: 1) Foi a primeira vez que viajei com uma seleção pessoal de filmes em classe econômica, vídeo on-demand, onde cada um assiste ou faz o que quer com a tv. Ótimo isso, você só assiste aquilo que quer com variada opção, e as baixinhas como eu não precisam ficar esticando o pescoço para tentar olhar a tela láááá longe. Nesse festival de nada-pra-fazer que é um vôo trans-pacífico, terminei assistindo a 4 filmes completos na ida para Seattle: “Procurando Nemo“, “Out to sea” (comédia hilária com o ator mais bom velhinho que já existiu, Walter Matthau), “Dormindo com o Inimigo”, “Lilo & Stitch” (como boa manteiga derretida de memórias excelentes havaianas, eu sempre choro quando começa a tocar “Hawaiian Roller Coaster Ride e paguei esse mico manteigal no avião também… “There’s no place I’d rather be/ Than on the seashore dry, wet free/On golden sand is where I’d lay/ And if I only had my way/ I’d play ‘til the sun sets beyond the horizon”). E na volta, entre Portland e Tóquio, assisti mais 5: “Firewall” (ação elétrica, com Harrison Ford), “Failure to launch” (okzinho, com a Sarah Jessica Parker), “Procurando Nemo” (de novo, porque esse filme para mim é um dos melhores de todos os tempos, meu número 2 de qualquer lista), “The Clearing” (um filme desconhecido surpreendentemente bom, com Robert Redford e Willem Dafoe) e “A Pantera Cor-de-Rosa” (o novo, com Steve Martin). Haja filme.

2) Esse cansaço pós-viagem indica novas aventuras em breve pelas bandas desse bloguinho… aguardem.



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