Amanhã, 08 de junho, é o Dia Mundial dos Oceanos, uma idéia introduzida durante a Eco-92 no Rio de Janeiro. Por coincidência excelente, na mesma semana do Meio Ambiente, o que aumenta a razão para refletirmos e discutirmos as prezepadas que andamos fazendo com os mares do planeta. A data foi criada para celebrar nossos oceanos e conectar as pessoas ao gigantesco ambiente marinho, riquíssimo em biodiversidade e, infelizmente nas últimas décadas, tão maltratado.
A idéia de “conectar as pessoas ao mar” é talvez a mais interessante em minha opinião. Porque muitas acham que, por não morarem próximas ao mar, estão isentas dos problemas a ele relacionados – ou seja, entendem que conexão é apenas a proximidade geográfica. Pois não é. Se vivêssemos em uma sociedade mais consciente, talvez os problemas de alto-mar não chegassem na mesa do jantar de cada um, mas infelizmente, na atual conjuntura, nossos maus hábitos ambientais terminam praticamente todos afetando os mares de alguma forma. Seja na forma de geração de lixo e resíduos que terminam no final das contas poluindo o mar, na forma de peixes ameaçados de extinção que ainda são consumidos como “se nada estivesse acontecendo”, ou na forma de consumo de energia exagerado, que leva ao aquecimento global (que derreterá os pólos, elevando o nível dos mares, etc.). Não tem como fugir da responsabilidade: somos todos iguais perante o mar.
Nesse ínterim, proponho aqui para o dia Mundial dos Oceanos um exercício “terapêutico” reflexivo de responsabilização. Encare de frente as espécies da biodiversidade marinha que tendem a desaparecer do planeta caso o ritmo de destruição e poluição dos mares continuar o mesmo do atual. Olhe nos olhos de cada um, ouça o grito dessas espécies marinhas pela própria sobrevivência, que atualmente depende em grande escala das atitudes humanas. Sejamos maduros o suficiente para encará-los de frente e declararmo-nos responsáveis pelo futuro ambiental deles como espécie.
Assumir a responsabilidade por um problema é o primeiro passo para sua possível solução. Quem sabe assim, assumindo a responsabilidade de verdade sem subterfúgios e/ou desculpas esfarrapadas, a gente possa deixar o discurso de lado e efetivamente fazer algo pelos habitantes desse mundo oceânico – que é maravilhoso e merece ser muito bem-cuidado. Abrace políticas mais eficientes na proteção dos mares. Principalmente, seja um consumidor mais consciente! Os seus filhos, netos e demais gerações que virão agradecem pelo futuro melhor que pode vir dessa tomada de atitude.
Tudo de melhor sempre aos mares do planeta e a todos os seres que fazem deles a sua casa.