Ontem, dia 23 de maio, foi o dia mundial da tartaruga. A data, obviamente inventada por uma razão educativa-conservacionista, tenta alertar para a espécie, sua proteção, importância pro ambiente, etc., existe desde 2000, e já foi comentada anteriormente aqui no blog. Nesse post antigo, falei do comportamento de descansar na praia (basking). Este comportamento é bastante típico das tartarugas verdes do Havaí.

Tartaruga escavadeira
Mas tem um outro comportamento tartarugal que a gente vê aqui no Havaí que me deixa fascinada. Na baía de Kaneohe, do lado leste da ilha, as tartarugas verdes costumam “escavar” o recife de coral para fazer algo como uma toquinha para dormir/descansar.

É comum fazermos snorkel em certas áreas da baía e encontrarmos algumas delas descansando/dormindo nessas tocas. E já vi o processo de “escavação” também, quando a tartaruga fica quebrando o coral com o bico.

Incrível, não?
E ontem, coincidentemente dia importante para as tartarugas, aproveitei a visita da queridíssima Sut-Mie ao Havaí para ir com ela e sua família a Lanikai Beach. Lanikai é uma praia também do lado leste da ilha – e das mais lindas do Havaí. O tempo estava incerto, mas ainda bem que insistimos em ficar. Porque logo começaram a aparecer tartarugas verdes no rasinho da praia. Elas estavam se alimentando das algas que crescem nos diversos rochedos e pequenos cabeços de coral que existem em Lanikai. Principalmente, pareciam não dar a mínima bola pra nossa animação ao vê-las – continuavam tranquilas comendo.

Claro, as pimpolhas fofíssimas da Sut-Mie ficaram super-empolgadas quando viram as tartarugas tão de perto na água. E pulavam, e batiam na água, e sorriam, e davam risada. E a Sut-Mie registrou o momento de empolgação com sua câmera, exatamente quando estava me esforçando para explicar para as duas a diferença de tartaruga terrestre para tartaruga marinha – e a menor só falava: “tortuga!” Uma fofice sem limites!
Eu amei a foto, a descontração do momento, e a possiblidade de interagir com as pimpolhas famosas da blogosfera perto de um animal “selvagem” em seu habitat natural, o mar. E acho que elas também curtiram… Quem sabe não é a sementinha de pelo menos uma nova bióloga no futuro? 😉
Tudo de tartaruga sempre.